Brasil alcança 100 mil antenas de telefonia e internet móvel

Sindicato das operadoras diz que ritmo de expansão poderia ser duas vezes superior, mas leis municipais e burocracia funcionam como um gargalo.

O Brasil alcançou a marca de 100 mil antenas de telefonia e internet móvel em operação, o que representa um crescimento de 6% desde maio de 2019, com a instalação de 5.612 novas antenas. O crescimento, no entanto, é visto como abaixo do ideal pelas oepradoras.

Segundo o Sinditelebrasil, sindicato que reúne as empresas do setor de telecomunicações, a cada minuto, 33 novos chips de 4G são ativados. Mas há uma fila de 4 mil pedidos de instalação de antenas aguardando licenciamento pelas prefeituras.

Esses pedidos representam cerca de R$ 2 bilhões em investimentos, estima a entidade. “O número de antenas, apesar do avanço expressivo, ainda está muito aquém da necessidade de cobertura no país para promover uma maior inclusão digital”, diz Marcos Ferrari, presidente do sindicato.

Caso os mais de 4 mil pedidos tivessem sido aprovados pelas prefeituras de grandes cidades, o ritmo de expansão seria praticamente o dobro. Mas uma legislações municipais têm dificultado a expansão das redes, avaliam as operadoras. Em algumas cidades, o licenciamento leva até dois anos para sair.

Redes 4G

Apesar das dificuldades em alguns municípios, nas cidades onde a expansão é possível ela está ocorrendo. Das antenas instaladas nos últimos 12 meses, o maior avanço se deu na tecnologia 4G, com a instalação das redes em 477 novos municípios, no período de 12 meses. As redes de 4G estão operando em 4.950 municípios, onde moram 97,3% da população brasileira.

De acordo com levantamento do SindiTelebrasil, no país foram ativados 17,3 milhões novos chips 4G em 12 meses, o que representa um crescimento de 12% no período entre maio de 2019 a abril de 2020. Ao todo, 157,2 milhões de chips 4G estão em operação no país.

Atualmente está em discussão no governo a publicação de um decreto que obrigue as prefeituras a acelerar a liberação de licenças para instalação de antenas. A alternativa em pauta prevê a imposição de mecanismo de silêncio, segundo o qual a prefeitura tem um prazo máximo para autorizar ou negar um pedido de instalação. Se não responder, a a operadora pode realizar o projeto.

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Rafael Bucco

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