Bradesco: Cade aprova compra de 50% do capital do John Deere

Com o negócio, Bradesco quer ampliar a oferta de serviços financeiros para clientes do Banco John Deere ligados ao agronegócio e construção

Cade aprova compra de metade do capital do John Deere pelo Bradesco

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra de 50% do capital do Banco John Deere pelo Bradesco. O negócio, que é uma joint venture de 50:50 com a Deere & Company, fornecedora de equipamentos para agricultura, construção e silvicultura, foi anunciado pelas empresas no início de agosto.

Segundo o acordo, o Bradesco, por meio de sua subsidiária Bradesco Holding de Investimentos, irá investir no Banco John Deere, subsidiária integral da Deere & Company que oferece serviços financeiros. O Banco John Deere manterá sua marca existente.

No processo que transitou no Cade, o Bradesco justificou que a operação irá fortalecer a sua presença nos setores de agronegócio e de construção no Brasil, com a ampliação da oferta de financiamentos e serviços para clientes do grupo Deere no país. Já a possibilidade de captação financeira necessária para promover o crescimento da Deere & Company no Brasil foi o que motivou a venda de 50% do seu capital.

Além disso, a empresa americana espera diversificar as opções de financiamento ofertadas para seus equipamentos, peças e serviços, assim como aumentar a capilaridade e o alcance dos seus produtos e serviços financeiros.

Na sua decisão, a Superintendência-Geral do Cade observou, nos diferentes mercados analisados — crédito de livre utilização, crédito rural e agroindustrial, depósito à vista e depósito a prazo e poupança — a participação conjunta de Bradesco e John Deere está abaixo de 20%, filtro a partir do qual se determina posição dominante no mercado.

Para se ter uma ideia, em relação ao mercado de crédito rural e agroindustrial, principal foco da joint venture, o Bradesco tem 3,39% de participação, enquanto o Banco John Deere detém 1,74%, segundo dados do Banco Central (BC) citados pelo Cade.

O órgão de defesa da concorrência aprovou a transação sem restrições. O valor da negociação não foi divulgado.

 

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Redação DMI

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