BP Bunge investe mais de R$ 100 milhões em transformação digital no campo
A BP Bunge Bioenergia, produtora de etanol, açúcar e bioeletricidade, está investindo mais de R$ 100 milhões em um projeto de transformação digital. O plano contempla aumento de produtividade, redução de custos e processos mais sustentáveis. Parte da iniciativa prevê conectividade rural, com a construção de 98 torres 4G, em parceria com a TIM.
A infraestrutura móvel cobrirá 3 milhões de hectares nas regiões das 11 unidades onde a empresa opera em cinco estados ― Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais. Na área vivem 105 mil pessoas, espalhadas por 46 municípios vizinhos às unidades da companhia, incluindo 65 escolas ― sendo 53 delas públicas.
Geovane Consul, CEO da BP Bunge, explica que este processo de transformação digital é estratégico e contribui, em diferentes aspectos, para apoiar os planos de crescimento sustentável da companhia. “Temos uma agenda de compromissos que orientam a nossa jornada de evolução e este forte investimento em tecnologia é um importante passo para a transformação digital, que nos permite avançar cada vez mais em excelência operacional agrícola e industrial; atuar de forma ainda mais eficaz na gestão de recursos naturais; contribuir para o desenvolvimento das comunidades locais onde atuamos, entre outros objetivos estabelecidos para o negócio”, diz o CEO.
Alberto Griselli, CEO da TIM, comenta que este projeto integra um movimento de investimentos contínuos realizados pela empresa desde 2018 com o objetivo ampliar a conectividade no agronegócio brasileiro. “Parcerias entre empresas do agro e de tecnologia, como a BP Bunge e a TIM, por exemplo, tendem a ser cada vez mais uma realidade para oferecer soluções integradas. O compromisso da TIM em oferecer conectividade de qualidade e soluções adaptadas às demandas específicas dos produtores rurais posiciona a marca como essencial na jornada assertiva em direção à agricultura do futuro”, acredita.
A TIM cobre mais de 17 milhões de hectares com 4G, afirma. A expectativa para 2024 é chegar à marca de 20 milhões de hectares conectados. Hoje, a rede da companhia no campo cobre 1,5 milhão de pessoas, em mais de 943 municípios de 15 estados.
Transformação digital visando produtividade e segurança
Com a ampliação do acesso à internet em suas unidades, recursos tecnológicos já utilizados pela companhia terão seu uso potencializado, gerando maior agilidade, precisão e ampliando o acesso a dados em tempo real, o que traz um impacto importante para a excelência operacional. A BP Bunge Bioenergia já conta com tecnologia embarcada em cerca de 1.200 equipamentos agrícolas e de transporte conectados a uma central de gestão logística integrada (SmartHub), que é equipada com recursos da agricultura 4.0 e promove uma gestão operacional baseada em dados e no uso da inteligência artificial. Essa central acompanha 24 horas por dia, sete dias por semana, toda a operação de plantio, tratos culturais, colheita e transporte, além de processos de irrigação e fertirrigação dos canaviais, garantindo o abastecimento industrial com mais segurança, qualidade e excelência operacional.
Além disso, a digitalização também é aliada nos processos de detecção e combate a incêndios nos canaviais, frente na qual os investimentos somam cerca de R$ 30 milhões. O programa Brigada 4.0 conta com um sistema de monitoramento por satélite que alerta sobre as condições climáticas favoráveis para o aumento da propagação de focos de fogo, e utiliza câmeras térmicas de alta definição instaladas em torres de observação que detectam incêndios rapidamente.
“Com tais iniciativas, nos últimos dois anos, a empresa conseguiu alcançar uma redução média de 52% de áreas queimadas por hectare e de 50% no número de incêndios em áreas próximas às 11 usinas do grupo. A tendência, agora, é que consigamos potencializar ainda mais esses resultados”, projeta Consul.
Tecnologias para o manejo regenerativo
Os investimentos realizados pela BP Bunge na transformação digital também devem fortalecer a posição da companhia como referência em agricultura regenerativa no setor bioenergético brasileiro.
“Com a possibilidade de aumentar a digitalização das nossas operações prevemos uma melhoria na qualidade operacional também nos processos relacionados à prática de uma agricultura mais sustentável. Conseguiremos acessar dados de performance em tempo real, favorecendo um trabalho ainda mais sólido de agricultura de precisão, com rapidez na tomada de decisões relacionadas à otimização do uso de insumos, por exemplo, com uma visão mais assertiva de quais produtos utilizados em nossas atividades podem ter seu uso reduzido ou mais bem aproveitados, colaborando assim com nossos objetivos em termos de redução na emissão de carbono”, explica o CEO companhia.
As iniciativas em agricultura regenerativa realizadas pela companhia somam investimentos de R$ 300 milhões nos últimos três anos e têm gerado inúmeros ganhos de produtividade e redução de custos, além de redução nas emissões de carbono, menor dependência de importação de insumos agrícolas, além do aumento de produtividade, que deve avançar 20% até 2025.
Um dos destaques está no uso dos subprodutos do processamento da cana-de-açúcar nas plantações, como a vinhaça, a cinza e a torta de filtro. Atualmente, dos 300 mil hectares sob gestão da BP Bunge, 86% já contam com a utilização de vinhaça na fertirrigação ou aplicação de forma localizada, com projeção de expandir para 100% até 2025. A ampliação do uso de bioinsumos a partir de fungos, bactérias e de matéria orgânica também tem levado a empresa a avançar na substituição de fertilizantes minerais por biológicos. Na safra 22/23, a substituição já aconteceu em 100% da área de plantio a partir do uso da bactéria Nitrospirillum amazonense, o que gerou um ganho de produtividade de 7 toneladas de açúcar por hectare. (Com assessoria de imprensa)