BNDES lança linha de crédito para provedores de internet

BNDES vai financiar a aquisição de equipamentos produzidos no país, a um custo TR mais 7% ao ano, abaixo da Selic de 13,75% ao ano.
BNDES lança linha de crédito para provedores de internet - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou durante o INOVAtic Nordeste, evento promovido pelo site Tele.Síntese, que ocorre em Recife até sexta-feira, 23, nova linha de crédito voltada aos provedores de internet. O novo produto vai financiar os provedores a adquirirem equipamentos produzidos no país, com uma condição muito favorável, a um custo TR mais 7% ao ano, abaixo da Selic atual, fixada em 13,75% ao ano.

“Nos últimos dois anos a gente aprovou 10 novos provedores, com financiamento direto, com um esforço de ajustar a política de crédito, de adaptação ao regramento do banco para atender a esse setor, dada a relevância que os provedores estão tendo, especialmente no Norte e Nordeste”, afirma o chefe do Departamento de Tecnologia e Conectividade do BNDES, Ricardo Rivera.

Porém, afirma o executivo, que participou do painel sobre alternativas de financiamento para ISPs no INOVAtic Nordeste, o principal esforço de desenvolvimento é nas estruturas indiretas. “Desde os instrumentos clássicos, como cartão do BNDES e Finame, mas também com outras alternativas, como o fundo garantidor, um exemplo do esforço que foi feito durante a pandemia, o Peac, que já serviu de garantia para muitos provedores, lastreando mais de R$ 500 mil em créditos”, disse.

Segundo Rivera, nos últimos cinco anos, o banco viabilizou mais de R$ 1 bilhão de financiamento direto, 90% voltados para pequenos e médios e 40% das regiões Norte e Nordeste. “O foco do BNDES é na modernização da rede, onde buscar ser complementar e a atuação via debêntures é o principal instrumento, e outro é a universalização de serviço, de levar os provedores ainda não vão por meio de crédito não reembolsável, vis Fust, e o ecossistema de inovação”, observou.

Rivera destacou que o BNDES colocou no ar desde 1º de setembro, e os agentes financeiros já podem rodar o sistema Finame/Funttel, que apoia a inovação e a massificação da banda larga. “Ele vai financiar provedores a adquirirem equipamentos produzidos no país, com uma condição muito favorável, a um custo TR mais 7% ao ano, muito abaixo da Selic atual”, disse.

Sobre o Fust, Rivera disse que o banco está muito empenhado para ser um operador, que sejam usadas todas as ferramentas que a instituição tem, com uma atenção especial para educação. “Vamos aprender como vai funcionar a partir de projetos pilotos”, disse.

Oportunidades

Para Ricardo Rivera o cenário atual e futuro traz oportunidades e ameaças para os provedores. “A inflação crescente e a dificuldade de repassar esse aumento de custo a preço, em função da alta competição, com outros entrantes, como as infraCos entrando com mais forças podem levar provedores para movimentos de M&A”, avalia.

Mas entende que há um grande espaço para atuação complementar e em parcerias entre grandes e pequenas, especialmente nessa frente que o banco pretende estimular, que é levar a infraestrutura onde ainda não existe. “Há espaço para cobertura, melhoria da qualidade, para os provedores crescerem não como recentemente, mas com avanço ainda saudável”, disse Rivera.

(com informações do site Tele.Síntese)

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Redação DMI

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