Blitz da Qualidade: MCOM quer nível mínimo de cobertura móvel

MCOM vai anunciar em outubro iniciativa Blitz do Monitoramento e da Inspeção da Qualidade do Serviço da Telefonia Móvel, que vai mapear zonas de sombra celular nas cidades; e programa para expansão da cobertura celular no país.

O Ministério das Comunicações (MCOM) vai cobrar das operadoras móveis ampliação da cobertura das redes 4G e 5G no Brasil, com qualidade e alcançar regiões sem atendimento. O lançamento da política pública acontecerá na segunda metade de outubro, prometeu o ministro Juscelino Filho em reunião com políticos do Maranhão nesta sexta-feira, 29. Além disso, a pasta vai promover uma iniciativa que vem sendo chamada de “Blitz do Monitoramento e da Inspeção da Qualidade do Serviço da Telefonia Móvel”, da qual o estado de origem de Filho será o primeiro beneficiado. 

Segundo o ministro, serão feitas blitze em São Luís para identificar áreas de sombra. Estas deverão ser, então, cobertas pelas empresas celulares. A Anatel vai colaborar nas fiscalizações.

“Estamos dialogando com as operadoras e os encaminhamentos desta reunião serão tratados também com elas, que estarão presentes por meio de representantes nessas blitzes, localizando os gaps e vazios que existem em alguns pontos da cidade e buscando melhorar a qualidade do serviço”, frisou o ministro.

O encontro de hoje entre Filho e outros políticos maranhenses contou com a participação do presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

Reunião de julho

Filho já havia feito reunião com parlamentares do Maranhão, com Baigorri e com representantes das operadoras para cobrar a melhoria da rede móvel em 13 de julho. A Assembleia Legislativa do estado cogitava formar uma CPI à época a respeito da qualidade do serviço.

Naquela reunião, Filho disse que a chegada do 5G impactou a qualidade do 4G. “Havia a impressão que contávamos com um bom serviço de 4G, que funcionava bem. Quando chegou o 5G – e a expectativa era de ter um serviço ainda melhor –, o 4G começa a não funcionar como antes”, afirmou na ocasião.

Ali surgiu o embrião do que foi anunciado hoje, pois ficou definido que seria feita “uma espécie de visita pontual, técnica e conjunta, in loco – para verificar as reclamações, com a ajuda de equipamentos (antenas, medidores instantâneos de sinal etc) próprios da Anatel”. Os parlamentares ficaram encarregados de apontar os locais do estado que precisariam de reforço de rede.

Representantes de Claro, TIM e Vivo presentes na reunião em julho comprometeram-se em ampliar as redes. A Claro informou que havia planos de instalar 191 antenas no Maranhão em 2023. A TIM falou que ampliou a rede 4G em 18 cidades no estado, e faria mais 52 ampliações em 34 cidades este ano. E a Vivo contou que em 2022 instalou 51 torres na região, mas que enfrentou problemas causados por roubo de cabos.

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Rafael Bucco

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