BB tem milhões para investir em novas ideias de startups

Objetivo é impulsionar negócios inovadores, sejam fintechs, agtechs, govtechs ou de outros segmentos, em sinergia estratégica com o BB.
Pedro Bramont - Crédito: Divulgação BB
Pedro Bramont, diretor de Negócios Digitais do BB – Crédito: Divulgação

O Banco do Brasil iniciou o ano de 2022 com reforço na estratégia de investir em startups ao estruturar dois fundos de venture capital, onde o banco é cotista único. O objetivo é impulsionar modelos de negócios inovadores, sejam do setor financeiro (fintechs), do agronegócio (agtechs), do setor público (govtechs) ou mesmo de outros segmentos.

Os fundos fazem parte do programa Corporate Venture Capital, que conta inicialmente com R$ 200 milhões, com as gestoras MSW Capital e Vox Capital, essa última especializada em investimentos de impacto. “Ambos os fundos têm como foco startups que tenham sinergia com os nossos negócios. Só que um tem uma pegada em negócios de impacto e o outro, pode ter startups com impacto ESG, mas não necessariamente com essa restrição”, explica Pedro Bramont, diretor de negócios digitais do Banco do Brasil.

O programa de venture capital do banco tem foco nas empresas que estejam no estágio seed ou série A, aquelas que já possuem alguma musculatura. “A nossa preocupação é de nos associar a startups que já tenham um produto concreto, clientes, receita, para ajudarmos a escalar. Ter uma ideia nascente, embora possa ser muito interessante, não é a nossa prioridade neste programa”, complementa Bramont.

O diretor de negócios digitais conta que o BB tem dois grandes modelos de negócios que podem se beneficiar do apoio às startups. O primeiro, de acordo com Pedro, é denominado ‘banco como plataforma’. Ele exemplifica a parceria celebrada com a startup FieldPRO, especializada na verificação do clima e das condições do solo para a agricultura de precisão. “Nós somos líderes de mercado no agro, faz todo o sentido não só emprestar, ter produtos de investimento, seguros e consórcio, mas também ajudar o produtor a melhorar a sua produtividade. Assim nos tornamos mais relevantes”, enfatiza.

O outro modelo de negócio prioriza disponibilizar os produtos e serviços do BB em outros canais, visando o alcance de mais clientes. “Buscamos startups que atuem em canais distintos interessantes, novos, que possam fazer chegar os nossos produtos a potenciais novos clientes. São dois grandes eixos da nossa atuação”, pontua Pedro Bramont.

Gestoras 

O tamanho das duas novas carteiras ainda está em aberto, o montante inicial de R$ 200 milhões para o programa pode aumentar, dependendo dos resultados e oportunidades apresentadas. Um fundo terá a gestão da MSW Capital, que já atende a BB Seguros e é especializada em startups. O segundo está sob a responsabilidade da Vox Capital, voltada para os investimentos de impacto.

Pela estratégia, as gestoras vão garimpar as empresas para investir, mas a decisão caberá também ao banco, que criou um portal para atrair empresas que desejam participar do programa.

“Não estamos em busca de startups que tenham produtos que já temos. Nosso objetivo não é consolidação de mercado, é expansão de portfólio, é atuar em mercados adjacentes. Aumentamos a nossa relevância e o cliente passa a nos ver como um parceiro de valor, buscando os nossos canais digitais, que contam com mais de 22 milhões de acessos mensais”, afirma Pedro Bramont.

Segundo o diretor de negócios digitais, os fundos estão vigentes há poucas semanas, mas algumas startups já têm despertado o interesse das gestoras e do BB. “Teremos os primeiros investimentos já no primeiro trimestre de 2022”, conclui.

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Redação DMI

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