Banda larga por satélite da Hughes terá franquia de dados

A operadora de banda larga por satélite Hughes começa a vender seu serviço de acesso residencial, no Brasil, a partir de 1° de julho. O serviço, batizado de HughesNet, será oferecido em duas modalidades – residencial e empresarial – variando conforme a velocidade e a franquia de dados.

As velocidades são de 10 Mbps, 15 Mbps e 20 Mbps para usuários domésticos, e de 15 Mbps, 20 Mbps e 25 Mpbs para os corporativos. A franquia será de 35 gigabytes a 65 gigabytes no mês para os planos residenciais, já contando com um adicional de dados entregue entre meia noite e 7h da manhã. Esgotada a franquia, a velocidade de navegação cai, ficando entre 500 Kbps e 1 Mbps. O modelo é bem sucedido nos Estados Unidos, onde a empresa tem 1,3 milhão de clientes. Os executivos da empresa contam, porém, que os limites poderão ser ajustados, conforme as características do mercado local.

As principais diferenças entre as ofertas residenciais e empresariais são as velocidades de download e upload, limites de franquia e preços. Os preços vão de R$ 250 para a oferta mais simples para pessoas físicas, a R$ 860 para pessoas jurídicas. Haverá, ainda, uma taxa de adesão de até R$ 470, que financiará a instalação da antena, set-top box e roteador WiFi na casa ou estabelecimento do usuário. Confira as tabelas abaixo para mais detalhes dos planos.

Cobertura
Segundo Rafael Guimarães, presidente da Hughes no país, a empresa vai cobrir os Estados de São Paulo e Minas Gerais no primeiro mês. Até o final do ano, porém, a cobertura será ampliada para 21 estados e DF, totalizando 85% da população. Até 2020, a empresa vai atender em 100% do território nacional. 

Para isso, já contratou a capacidade total do satélite Eutelsat 65 West A, que será complementada pela constelação de baixa órbita da Oneweb nos próximos anos. O executivo reconhece que o uso da franquia na banda larga fixa pode ser novidade para muitos usuários. “Haverá um trabalho de edução”, diz.

Alceu Passos, diretor de vendas e marketing da Hughes, conta que no caso do satélite, é inevitável escapar das limitações franquia, uma vez que a capacidade dos satélites não é limitada. “Neste caso, o usuário que usa demais realmente acabaria penalizando o que consome menos”, afirma.

O serviço terá, em média, latência entre 600 ms e 800 ms, e, promete a empresa, usa tecnologias que minimizam os efeitos do clima. “A experiência que a maioria das pessoas têm com satélite no Brasil é o DTH, mas não é o caso”, diz Guimarães. Segundo ele, a banda Ka é muito mais estável e sofre menos interferências de chuvas, por exemplo.

A meta é atender a populações sem acesso banda larga, ou com oferta precária de planos de acesso. A Hughes contratou a Ipsos para fazer uma pesquisa de mercado a fim de determinar preços e regiões onde o produto teria mais penetração. Pelas estimativas, 54% dos acessos nas áreas de interesse da Hughes apresentam velocidade ou características técnicas inferiores às da operadora.

“Encontramos muitos casos de pessoas que fazem investimentos em rádios e pagam mensalidade muito mais altas para terem uma internet de 1 Mbps ou 2 Mbps”, diz Passos. A mesma pesquisa mostra que 43% das pessoas não têm internet nas regiões em que a empresa vai focar devido unicamente à falta de oferta. O serviço será distribuído pela Elsys, em todo o Brasil.

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