“A banda larga nas escolas de qualidade consumiria toda a capacidade do SGDC”, afirma Bittar

Para o ex-presidente da Telebras, Jorge Bittar, a estatal estará abdicando de seu papel público, se mantiver o atual modelo de venda do satélite

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O ex-presidente da Telebras, Jorge Bittar, espera que o atual modelo de exploração do satélite nacional – o SGDC – cuja proposta de edital está em consulta pública, seja revisto. Caso contrário, alerta, a Telebras estará abdicando de seu papel público. Segundo ele, se a empresa quisesse atender com qualidade todas as escolas públicas – ofertando links dedicados, sem compartilhamento,  a capacidade total do satélite, (ou os 64 GB) seria insuficiente. E com a menor capacidade a ela reservada (conforme o modelo em consulta pública, a Telebras ficaria com apenas 11 MB e o restante seria comercializado pelos operadores privados que ganharem a licitação) não seria possível cumprir os seus objetivos sociais.

“A Telebras abdica do seu papel público, ao entregar 80% da capacidade do satélite para o setor privado sem criar qualquer tipo de obrigação de universalização. Com o atual projeto, o Estado brasileiro deixa de ser o impulsionador da universalização para apenas oferecer infraestrutura para as grandes operadoras”, afirma.

Na visão de Bittar, não é possível levar banda larga de qualidade para as escolas e unidades de saúde se ela for compartilhada, por isso, em seu modelo de negócios a oferta para esses estabelecimentos seria de links integrais. Full.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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