Banco Econômico é agora todo do BTG
O Banco Econômico, que estava em liquidação extrajudicial, agora é integralmente controlado pelo BTG, que em comunicado ao mercado no dia de hoje, 7, “foi autorizado o levantamento da liquidação extrajudicial da companhia com efeitos imediatos”. Em março deste ano, o BTG Pactual anunciava que pretendia adquirir o controle da instituição por um valor não revelado.
Disse que a compra do Econômico fazia parte da estratégia de investimentos da sua área de “special situations”, focada na aquisição e recuperação de carteiras de créditos inadimplidos e compra de ativos financeiros alternativos.
Em setembro de 2021, após vencer o leilão realizado pelo BNDES e FGC (Fundo Garantidor de Créditos), o fundo FIDC NP Alternative Assets 1, administrado pelo BTG, ficou com os créditos do Banco Econômico que eram mantidos por essas instituições desde 1995, quando no Banco Central interveio no banco. Três participantes haviam se cadastrado para participar do leilão: NPL Brasil, FIDC NP Atlântico e o Alternative Asset 1, mas só o fundo do BTG fez lance, vencendo pelo valor mínimo, de R$ 937,750 milhões.
OPA
No comunicado de hoje, o BTG informa que submeterá à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro de oferta pública unificada de aquisição (OPA) de até a totalidade das ações ordinárias e preferenciais classe A remanescentes do BESA. Também será solicitado o cancelamento de registro de companhia aberta emissora de valores mobiliários na categoria “A” (que permite a emissão de ações, entre outros valores mobiliários).
E o comunicado do Banco Econômico informa ainda que afirma ainda que foi homologado o aumento de capital social, inclusive mediante o aporte de créditos existentes contra a própria companhia, aprovado na assembleia geral extraordinária (AGE) realizada em 27 de abril e homologado na AGE realizada em 6 de julho. O capital social passou de R$ 500,741 milhões para R$ 668,857 milhões.
Com o capital baiano o Banco Econômico sofreu intervenção do Banco Central em agosto de 1995 e entrou em liquidação extrajudicial. O banco enfrentava grandes problemas com dificuldade de liquidez, excessiva concentração de créditos, insuficiência de patrimonial e receitas inexistentes.