Avança criação de plataforma de medição da conectividade de Anatel e Bid

Resultados preliminares apontam como ampliar a cobertura de telecom dos atuais 90% da população para 98% até 2026.

O presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, reuniu-se ontem, 27, com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para apresentação de informações preliminares a respeito da plataforma crowdsourcing em criação pelo banco para medir e avaliar o nível de conectividade no Brasil, batizada de CD2B (Crowdsourcing for Digital Connectivity in Brazil).

Até aqui, o trabalho mostrou a conexão de 15,8 milhões de pessoas, 3.771 unidades de saúde e 21.230 escolas públicas localizadas em regiões sem conectividade, permitiria aumentar a cobertura populacional de 90,7% em 2020 para 98,2% em 2026, ao custo de US$ 9,5 bilhões. O impacto econômico da conectividade dessas regiões tem o potencial de elevar o PIB em 2.4%.

O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, ressaltou a importância da parceria internacional de cooperação técnica com o BID e de seus primeiros resultados. “Com esta ferramenta, busca-se compreender a demanda e as condições para provê-la, respondendo a questões relacionadas à competição e ao atendimento a áreas desprovidas. Com isso, o produto deste trabalho servirá como insumo para a proposição de políticas públicas e estratégias regulatórias ainda mais eficientes, por exemplo, no que tange aos setores de saúde, educação e segurança pública”, afirmou.

Para o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o projeto potencializa avanços para a vida dos brasileiros, por meio de inovação e tecnologias de ponta. “Oferecemos uma lupa de modo a permitir investimentos precisos, granulares, que alavancam a atuação do setor privado. Mais do que nunca, sabemos que será preciso fazer diferente para poder fazer mais, com menos”, afirmou.

O trabalho desenvolvido em parceria entre a Anatel e o BID deverá identificar a demanda não atendida por serviços de banda larga fixa e móvel em todo o território brasileiro com uma granularidade que pode variar de 30×30 metros até 600×1.200 metros. Para isso, serão utilizados instrumentos de análise de dados e metodologias que combinam variáveis socioeconômicas, dados de crowdsourcing e critérios técnicos para identificar áreas de demanda não atendida, agrupá-las e, por fim, estimar o custo para conectá-las. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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