Ataques cibernéticos a dispositivos de IoT crescem cinco vezes em um ano

Relatório indica que número de aparelhos de Internet das Coisas invadidos por botnets passou de 200 mil para aproximadamente 1 milhão; alta foi sentida com mais força após a invasão da Ucrânia pela Rússia
Ataques cibernéticos a aparelhos de IoT crescem exponencialmente
Ataques cibernéticos a aparelhos de IoT crescem exponencialmente, mostra relatório da Nokia (crédito: Freepik)

Ataques de negação de serviço, também conhecidos como DDoS, com origem em dispositivos de Internet das Coisas (IoT) cresceram cinco vezes no intervalo de um ano, de acordo com o Relatório de Ameaça de Inteligência da Nokia, divulgado nesta quarta-feira, 7. Em termos absolutos, o número de dispositivos envolvidos em ataques conduzidos por botnets passou de 200 mil, há cerca de um ano atrás, para aproximadamente 1 milhão.

Segundo a Nokia, o aumento acentuado foi sentido a partir da invasão da Ucrânia pela Rússia. Além disso, na atualidade, os ataques por meio de dispositivos IoT já representam mais de 40% do tráfego de DDoS no mundo.

O relatório indica que, no caso das redes de telecomunicações, os malwares mais comuns são bots que procuram dispositivos vulneráveis. Por isso, os botnets buscam aparelhos de IoT.

“Existem bilhões de dispositivos IoT em todo o mundo, desde geladeiras inteligentes, sensores médicos e relógios inteligentes, muitos dos quais têm proteções de segurança frouxas”, afirma a Nokia.

O levantamento ainda aponta que o número de trojans visando informações bancárias pessoais em dispositivos móveis dobrou para 9%, o que põe milhões de usuários em todo o mundo em maior risco de ter as informações financeiras e de cartões de crédito roubadas.

Por outro lado, o relatório mostrou que as infecções por malware em redes domésticas desaceleraram para 1,5%, após alta de 3% no período mais agudo da pandemia de covid-19. A baixa da taxa, na avaliação da Nokia, se deve ao fato de mais trabalhadores terem retornado ao trabalho presencial.

“Para mitigar os riscos, é essencial que os provedores de serviços, os fornecedores e os reguladores trabalhem para desenvolver medidas de segurança de rede 5G mais robustas, incluindo a implementação de detecção e resposta a ameaças centradas em telecomunicações, bem como práticas de segurança robustas e conscientização em todos os níveis da empresa”, sugere Hamdy Farid, vice-presidente sênior de Aplicações de Negócios da Nokia.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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