Assistentes de IA dominarão dispositivos móveis, diz Google

Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, indica que cada vez mais smartphones devem ser lançados com sistemas de IA incorporados e que tecnologia deve ser direcionada para o uso cotidiano
Assistentes IA devem se tornar mais comuns em smartphones, indica Google
Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind; aposta é que assistentes de IA se tornem mais comuns em smartphones (crédito: Reprodução/MWC)

Atualmente restritos a aparelhos top de linha, os assistentes de Inteligência Artificial (IA) devem ser cada vez mais incorporados por dispositivos móveis de próxima geração, como smartphones, prevê Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, braço da big tech especializado no desenvolvimento da tecnologia.

Em painel no Mobile World Congress (MWC) 2024, em Barcelona, nesta segunda-feira, 26, o executivo indicou que, nas mãos dos consumidores, o futuro da IA passa por deixar de ser uma ferramenta que chama a atenção para se tornar um assistente eficiente para a rotina diária.

“A IA é uma oportunidade incrível para o setor móvel e para as telcos. Com o advento de sistemas digitais, vamos ter sistemas inteligentes de próxima geração úteis para o dia a dia, em vez de apenas artifícios inovadores como na geração anterior”, apontou Hassabis.

Em sua avaliação, a humanidade ainda está arranhando as potencialidades da IA. Para o executivo, a tecnologia deve evoluir ao ponto de se tornar um assistente pessoal para cada usuário de smartphone.

“Acho que teremos questões sobre qual é o dispositivo correto para cada um. A IA saberá entender o contexto em que você está para se tornar mais útil no seu dia a dia”, disse.

Sistemas mais poderosos

Conjecturando a respeito do futuro, Hassabis ressaltou que o setor de tecnologia ainda deve ser capaz de produzir a Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês).

Atualmente, as empresas disponibilizam modelos tradicionais, que realizam tarefas específicas, e generativos, que se caracterizam por criar conteúdos com base em dados dos quais foram alimentados. A expectativa é de que a AGI seja ainda mais completa.

“É um sistema que pode desempenhar qualquer tarefa cognitiva que os humanos também podem”, resumiu o CEO do Google DeepMind. “Mas é preciso testar os sistemas em milhares e milhares de tarefas que os humanos fazem e ver se eles passam por essas tarefas”, acrescentou.

Nesse sentido, Hassabis indicou que modelos de AGI devem ser capacitados não só para executar, mas planejar atividades, ampliando a abrangência de atuação da tecnologia em relação às atuais.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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