As soluções inovadoras da InLida e da Grão Direto para o campo
No primeiro dia da décima edição do AGROtic, startups que desenvolvem plataformas para o agronegócio apresentaram seus projetos: Gabriela Gracia Ribeiro, CEO da inLida e José Carlos Mazetto, Líder de Vendas e Soluções Corporativas da Grão Direto mostraram como inovaram para, utilizando o celular, aproximar o produtos das companhias e facilitar transações.
InLida
A startup foi fundada em 2019, em Piracicaba, São Paulo. O aplicativo é uma caderneta de campo digital, que reúne informações de animais, nascimentos, sêmen, reprodução, sanidade, piquete/pasto, manejo e pastagem e é direcionada para vaqueiros, gerente/consultor.
Distribuída de forma gratuita e com versões web e para celular, a plataforma é voltada a pecuaristas e já contabiliza mais de 23.000 cadastros em todo o Brasil. Teve crescimento de 67% em 2023.
Com a ideia de gerar uma gestão do rebanho para o produtor e resolver questões de concentração de informações, o serviço é oferecido levando em conta a complexidade, suporte pelo WhatsApp, custo de adoção e mão de obra qualificada. O InLida, então, ajuda remotamente no manejo do rebanho.
A linha de trabalho funciona com o cadastro do usuário da InLida e da propriedade, seguido por cadastros de informações sobre rebanho, reproduções, manejos sanitários, pesagens, movimentação e análise das informações individualizadas que vai oferecer dados para o produtor tomar decisões. Os principais benefícios são a gratuidade, interface simples e fácil acesso.
Sobre a escalabilidade, Gabriela contou que a ferramenta atende dois públicos e, para ambos, está preparada para crescer. “O primeiro, que conta com o fomento de outras empresas para o seu desenvolvimento e distribuição. Nós entramos em contato com os produtores de acordo com os nossos dados em bancos e indicamos para parcerias. Já os usuários colaboram com a divulgação e indicação orgânica a partir de suas experiências com o uso do aplicativo”.
Grão Direto
A Grão Direto foi fundada em 2016, em Minas Gerais, e tem como objetivo a transformação digital em commodities agrícolas a partir de três pilares: negócios, agricultura e tecnologia.
Trata-se de um aplicativo de comercialização digital de grãos, com mais de 300.000 downloads. Está conectado diretamente ao CME Group, gestora da bolsa de Chicago. Para a eficiência operacional na comercialização de grãos, o processo segue o planejamento, precificação, negociação, formalização, monitoramento e execução. Cada produtor, cada fazenda e cada armazém tem preços personalizados e ajustado em tempo real.
Amparados por uma gestão de contratos, a comercialização e os negócios digitais podem ser feitos pelo marketplace, com conexões e negócios por meio do aplicativo.
Mazetto apresentou dados de uma pesquisa realizada pelo McKinsey & Company, que traz informações sobre a demanda dos produtores por interação online. O material aponta que o Brasil, em nível mundial, é o país onde a população do campo mais anseia por tecnologia capaz de facilitar a comercialização. “Comparativamente entre o europeu e o americano, o produtor brasileiro é o que possui mais aptidão para negociar sua produção agrícola por um canal digital”, completa.