ARPU móvel em 2018 ainda é menor que o registrado em 2010
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Dados reunidos pela consultoria Teleco indicam que 2018 foi mais um ano de recuperação das receitas média por usuário (ARPU) por parte das operadoras móveis brasileiras. Até setembro, o valor gasto, em média, por assinante no país era de R$ 21,8, maior, portanto, que os R$ 20,9 registrados em 2017 ou os R$ 19,4 de 2016. Apesar disso, ainda não superou o ápice da receita visto em 2010, quando cada cliente pagava, em média, R$ 22,6.
A notícia, no entanto, é menos positiva do que aparenta. “Este crescimento do ARPU está ocorrendo devido ao encolhimento da base de celulares, uma vez que a receita do celular está em queda desde 2013, apesar de ter tido um pequeno crescimento em 2017”, diz a consultoria, em relatório.
Nos últimos anos, todas as teles limparam suas bases de clientes móveis. A TIM foi a que mais desligou (mais de 10 milhões de celulares). Mas também Oi (9,2 milhões) e Claro (cerca de 7 milhões) também desligaram. A Vivo foi a única que cresceu (adicionou 1,2 milhão de acessos).
A Vivo foi também a única empresa do setor a ter ARPU acima do registrado em 2010, graças à predominância no mercado pós-pago, do qual tem fatia de 41%. A operadora chegou a setembro com ARPU de R$ 28,3, ante R$ 24,7 oito anos antes.
A Oi é a que está mais distante de seu melhor patamar. Em 2010, a receita por cliente era de R$ 22,4, hoje, é de R$ 16,2. A Claro faturava R$ 19,2 por assinante, agora fatura R$ 17. E a TIM, que obtinha R$ 23,7 por cliente, chegou a setembro com R$ 22,1.