Argentina planeja adotar sistema biométrico para uso de smartphones

Medida deve ser publicada ainda este mês, após dispositivos de autoridades terem sido invadidos por hackers
Sistema biométrico para uso de smartphones deve ser implementado na Argentina
Resolução que institui sistema biométrico tem o objetivo de reduzir violações de privacidade digital na Argentina (crédito: Freepik)

A Argentina deve implementar um sistema biométrico como mecanismo de validação da identidade de usuários de dispositivos móveis. A Entidade Nacional de Comunicações (Enacom), órgão com funções similares às da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), deve publicar uma medida a respeito do sistema ainda este mês.

Segundo o site “DPL News”, que teve acesso à documentação, o objetivo é fortalecer os requisitos de segurança e, consequentemente, reduzir a incidência de fraudes no território argentino. Além disso, a determinação ainda a ser publicada já é de conhecimento das operadoras móveis.

A medida deve se somar a outras que estão em vigor no país, como a resolução que estabelece obrigações para provedores bloquearem equipamentos com denúncias de furto ou extravio e a regulamentação para validação de usuários móveis.

Na semana passada, o jornal “La Nación” informou que a juíza María Servini exigiu que a Enacom tomasse medidas para impedir o hacking de smartphones por meio da substituição pirata de cartões SIM. Recentemente, dispositivos de deputados e do ministro da Justiça e da Seguridade da Argentina foram invadidos por espiões.

Nesse sentido, a agência reguladora solicitou que a Movistar, empresa do grupo Telefónica, informasse detalhes sobre o procedimento de troca de cartões SIM, o sistema de alarme contra possíveis fraudes e as medidas de proteção.

A resolução para implementar um sistema biométrico que permita validar a identidade do usuário do dispositivo móvel surge nesse contexto.

Além do mais, a Enacom articula o lançamento do projeto Conversa sobre Fraudes Digitais, no qual vários problemas relacionados à violação de privacidade nos meios virtuais devem ser abordados. A iniciativa não deve se restringir a organizações que atuam no setor de telecomunicações.

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Da Redação

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