Após pedido da KKR, Grupo TIM estende prazo de negociações por rede fixa
Interessado em vender a sua unidade de rede fixa na Itália, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia) decidiu estender o prazo de negociações com a KKR até o dia 15 de outubro. A decisão foi tomada pelo conselho de administração da operadora nesta quarta-feira, 27, após pedido encaminhado pelo fundo norte-americano na semana passada.
Em curta nota divulgada à imprensa, o grupo de telecomunicações diz que o prolongamento do prazo foi aprovado por unanimidade “para a valorização da NetCo”, como a subsidiária de infraestrutura fixa é provisoriamente chamada.
Ao fim do prazo, espera-se que a KKR apresenta uma oferta vinculante pelo ativo. A data-limite original para a submissão de uma proposta era o próximo sábado, 30 de setembro.
Em junho, após receber propostas da KKR e do banco estatal CDP pela unidade de rede fixa, o Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, decidiu abrir negociações exclusivas com o fundo norte-americano, o qual tinha apresentado uma oferta não vinculante de valor maior.
A KKR não revelou o motivo de ter solicitado a extensão do prazo. No entanto, conforme informações publicadas pela imprensa internacional, esse movimento se deve a uma necessidade do governo italiano.
No fim de agosto, o Tesouro do país recebeu uma autorização para entrar com 2,2 bilhões de euros (aproximadamente 11,44 bilhões) no negócio. A intenção é ficar como sócio minoritário da NetCo, uma vez que a infraestrutura de telecomunicações é considerada um ativo importante para o estado.
Contudo, para seguir com a operação, o Tesouro italiano precisa de um parecer positivo do tribunal de contas do país. A expectativa é de que a anuência da corte saia no início de outubro – ou seja, após o término do prazo original.
A NetCo é composta pela FiberCop, braço de infraestrutura de fibra óptica, e pela Sparkle, unidade de cabos submarino. O Grupo TIM tenta vender o ativo para reduzir o endividamento da companhia. Conforme o balanço financeiro do segundo trimestre deste ano, até junho, a dívida líquida da companhia somava cerca de 26 bilhões de euros (aproximadamente R$ 135 bilhões).