“Apoio ao empreendedorismo é vital para enfrentar as transformações”, diz Amos Genish
Com cinco novas startups em seu programa de aceleração, a Wayra Brasil, iniciativa da Telefônica Open Future, inaugurou hoje (16), em São Paulo, sua nova sede, agora no prédio próprio da Telefônica Vivo, no bairro do Paraíso. Com apenas três anos de atuação, a academia brasileira investiu R$ 5,8 milhões em empresas digitais, que levantaram mais R$ 36 milhões do mercado. Das empresas aceleradas pela Wayra, oito já firmaram parceria com a Telefônica Vivo.
Para Amos Genish, presidente da Telefônica Vivo, a iniciativa global da Telefónica no estímulo à inovação e empreendedorismo é muito importante para acompanhar o mundo em transformação. Ele lembrou que o que falta no Brasil não é capacidade inovadora, “mas funding”. “Com essas iniciativas, estamos contribuindo para o ecossistema da inovação”, registrou ele.
Segundo Alejandro Contreras, vice-presidente de Estratégia e Planejamento Corporativo da Telefônica Vivo, responsável pela interação entre a operadora e a Telefónica Open Future, o apoio a ideias inovadoras e às start ups ajuda não só a formar um ecossistema de inovação, mas a oxigenar as ideias dentro da companhia, que pretende ser uma empresa digital. “São movimentos combinados”, disse ele.
Crowdworking
A Telefónica Open Future anunciou que vai abrir, nos próximos meses, junto com o Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, um crowdworking em Santa Rita do Sapucaí (MG), que também contará com o apoio da Ericsson. A intenção é apoiar o talento local e o ecossistema de empreendedorismo e inovação que se desenvolveu na cidade, a partir do Inatel, e que hoje congrega 150 empresas de base tecnológica.
Contreras explicou que o espaço de crodworking é uma participação em infraestrutura, suporte técnico e mentoria gratuita para projetos e ideias. “Quando a ideia se transforma em empresa estruturada, o apoio vem da Academia Wayra”. Hoje a Telefónica conta com 11 academias em dez paises e tem 27 espaços de crowdworking na Espanha.
Segundo Renato Valente, country manager da Telefónica Open Future no Brasil – ele próprio empreendedor que já teve empresa acelerada pela Wayra Brasil –, ainda não há previsão de abertura de outros espaços de crowdworking no país. Mas, naturalmente, isso deverá ocorrer ao longo do tempo.
A sede
A nova sede da Wayra Brasil está localizada em um conhecido prédio da empresa, motivo de uma disputa com a Anatel de mais de cinco anos e ainda não resolvida. É o prédio da rua Martiniano, primeira sede da estatal Telesp, cuja autorização para ser vendido foi negada pelo Conselho Diretor da Anatel mas que até hoje ainda não decidiu a matéria em última instância. Na reunião do conselho da quinta-feira desta semana, mais uma vez o tema volta à pauta. Em torno desse pleito se apresenta uma complexa discussão sobre a reversibilidade dos bens da concessão.