Aplicações 5G na Ásia contam com ecossistema forte, diz Qualcomm

Empresa apresentou diversos casos de uso durante seminário realizado semana passada em Washington pela Comissão Interamericana de Telecomunicações da Organização dos Estados Americanos (CITEL/OEA).

As aplicações 5G na Ásia tem crescido significativamente nos últimos meses e se tornam referência para outros países. Para isso, conta com apoio de um grande ecossistema, como carriers, empresas internacionais e regionais, desenvolvedores, universidades e startups. A Qualcomm participa  desse movimento com tecnologia e também como “uma ponte” para agregar novos parceiros, segundo Julie Welch, responsável por negócios governamentais para a região Ásia/Pacífico. Ela participou do seminário 5G: Oportunidades e Desafio nas Américas, realizado semana passada em Washington pela Comissão Interamericana de Telecomunicações da Organização dos Estados Americanos (CITEL/OEA).

Julie apresentou vários exemplos de aplicações em desenvolvimento e implantação que mostram os desafios existentes e os problemas solucionados com mmWave 5G. Por categoria, a solução está presente em domicílios, principalmente em áreas mais afastadas que não contam com acesso via fibra óptica, no consumo via smartphones, onde em áreas de grande tráfico de dados — como aeroportos, estádios e centros comerciais indoor, a 5G mmWave complementa o 5G tradicional, nas empresas onde o complemento dessa vez é sobre as redes WiFi, e em redes privadas.

Um dos casos de uso apresentado pela executiva diz respeito aos mini ônibus autônomos no Vietnam que são oferecidos pela Phenikaa. Os veículos atualmente trabalham com soluções que utilizam radares para o sensoriamento e sem interação com outros devices ou infraestrutura para reforçar a segurança. Entre as dificuldades dessa solução é que o sistema não conta com envio de vídeo de alta definição para o centro de comando.

A transição para o modelo mmWave 5G vai permitir que o projeto opere com baixa latência, mais capacidade da rede e que múltiplos mini ônibus autônomos possam operar ao mesmo tempo onde a rede celular tem cobertura. De acordo com a executiva, o impacto da mudança tecnológica vai permitir redução de custos, mais segurança e mais conveniência para o consumidor.

Outro caso de uso citado por ela diz respeito ao serviço de vigilância feito por drones também no Vietnã pela mesma empresa, Phenikaa. A plataforma operava com piloto semi automático, o que dificulta a segurança do serviço tanto nas redes 4G como no WiFi para longa distância. Também enfrentava problemas pela falta de vídeo de alta definição e problemas no streaming.

A transição para o MmWave 5G, além da baixa latência, maior velocidade com capacidade de streaming de câmera 4K, permitirá que o drone seja ser controlado pelo smartphone. Essa mudança irá oferecer mais flexibilidade  para o drone e permitirá que o 5G atue na última milha para o dispositivo. A Qualcomm ainda participa no Vietnã de projetos de salas de aulas inteligentes.

Em Taiwan, a companhia tem um projeto de rede privada de uma fábrica inteligente com a Sercomm. A tecnologia mmWave 5G . A conexão atual da fábrica utiliza WiFi para acionar os telefones, laptops, veículos auto guiados e robôs. A partir da substituição,  pequenas células poderão ser capacitadas pelas empresas participantes do projeto, o que vai permitir a racionalização da produção, otimização e mais eficiência na utilização da força de trabalho.

Entre os projetos citados por Julie está também o uso do mmWave 5G na cobertura do Metrô em Seul, na Coreia. Estão envolvidos nesse caso o MSIT e três carriers. Ainda no mercado coreano está em desenvolvimento o robô quarentena, com aplicações na área de saúde, principalmente durante pandemias.

 

 

Avatar photo

Wanise Ferreira

Artigos: 278