Apenas 16,2% dos novos profissionais de TICs estão na formalidade
A Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais – lançou, nesta quarta-feira, 21, o Movimento pelo Trabalho Ético, uma forma de combate à informalidade no setor de TICs. O manifesto foi divulgado em conjunto com índice apurado em pesquisa inédita, que apurou haver que apenas 16,2% dos novos profissionais de TICs são contratados formalmente.
“Hoje estamos lançando o Movimento com objetivo de conscientização para que outras
empresas e setores da tecnologia lutem contra a precarização dos empregos. É um movimento que defende o trabalho ético e respeita a legislação trabalhista”, comentou o presidente da Brasscom, Sérgio Paulo Gallindo, em nota.
Os dados sobre o cenário de contratações foram analisados pela equipe de inteligência da Brasscom, por meio da Pesquisa Pulso. O levantamento envolveu 2.481 entrevistas a trabalhadores que estão entrando ou saindo de uma empresa na área de TICs.
O índice considera como contratações formais os modelos CLT, temporário, estágio, cargo comissionado e concursado. Já aqueles informais ou precarizantes, do tipo “Pessoa Jurídica ilícito”, “CLT Flex”, autônomo e cooperado.
Considerando o momento de novas contratações [contrato nos primeiros meses], a pesquisa aponta que além de haver uma formalização de apenas 16,8% dos profissionais de TICs, 16,2% dos trabalhadores que estão saindo das empresas formais estão indo assumir trabalhos informais.
“Estamos enfrentando um grande desafio que são as contratações informais tanto no Brasil, como no exterior. Muitos profissionais de TICs estão aceitando modelos de contratação que não garantem nenhum direito trabalhista’’, comentou o presidente da Brasscom.
De acordo com a associação, há 19 empresas signatárias à Carta de Princípios. Elas afirmam que adotam práticas empresariais éticas, em acordo com a legislação brasileira e possuem sistemas sólidos de governança e transparência corporativa, criando assim um ambiente de competição leal pela mão de obra qualificada em tecnologia. O documento estabelece princípios norteadores para que as empresas sigam as práticas de combate à informalidade