Antecipação de recebíveis é prática na indústria

As empresas precisam estar atentas aos recebíveis para não cometer erros e pagar taxas elevadas que aumentem o custo de produção.
Antecipação de recebíveis é pratica na indústria- Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

A antecipação de recebíveis tornou-se uma prática comum na indústria brasileira, a partir da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Porém, as empresas precisam estar atentas às melhores opções para não cometer erros e pagar taxas elevadas que aumentem o custo de produção, conforme Caio Mastrodomenico, CEO da fintech Vallus Capital e analista econômico.

Na sua opinião, a antecipação de recebíveis pode ser uma alternativa ao crédito oferecido pelos bancos. “As indústrias não precisam recorrer às instituições financeiras de grande porte, pagando taxas e tarifas elevadas, se podem utilizar o próprio crédito à receber para melhorar o fluxo de caixa e de produção”, afirmou.

As vantagens da antecipação são, principalmente, a rapidez na aprovação do crédito, a flexibilização no limite e as tarifas mais atrativas do que bancos e instituições financeiras.

Para o analista, a principal dificuldade da indústria está no fomento à cadeia de fornecedores, duramente comprometida com as paralisações decorrentes da pandemia. Portanto, quem tem dinheiro em caixa para pagar à vista acaba comprando mais, tendo mais espaço para relação com produtores.

O setor industrial tem grande impacto nos dados empregatícios do Brasil. Segundo ele, a indústria emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas no Brasil de maneira direta, além de aproximadamente 4 milhões de pessoas de forma indireta, trabalhando em toda cadeia que alimenta a produção industrial. O setor representa uma participação de quase 26% no PIB do país.

As fintechs aparecem para aliviar um dos principais problemas para a indústria: as altas tributações na captação de capital de giro. “Essas complexidades acabam impactando diretamente no custo de produção das indústrias, tendo em vista a cobrança de IOF e outros impostos que acabam virando uma cascata de tributos”, observa.

Com a crise, no entanto, muitos fornecedores acabaram quebrando, entrando em falência ou concordata, dificultando a compra de matéria prima.

(Com assessoria)

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Redação DMI

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