Anatel tira do ar 3,9 mil servidores de TV boxes piratas em 2023

Ao todo, agência realizou 52 operações de bloqueio ao longo do ano, inclusive durante a última rodada do Campeonato Brasileira de futebol masculino
Anatel derruba quase 4 mil servidores de TV boxes piratas
Anatel intensifica ação contra servidores de TV boxes piratas (crédito: Freepik)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou, nesta quinta-feira, 14, que realizou 52 operações de bloqueios de sinal que atingiram 3,9 mil endereços de servidores clandestinos utilizados para pirataria de conteúdo audiovisual. As transmissões ilegais ocorrem por meio de decodificadores, popularmente conhecidos como TV boxes, instalados nas casas dos usuários.

Em comunicado, Arthur Coimbra, conselheiro da Anatel e coordenador do combate à pirataria no órgão regulador, destacou que as operações do Plano de Combate aos Decodificadores Clandestinos do SeAC (Serviço de Acesso Condicionado, nome técnico da TV por assinatura) tiveram início antes do carnaval. Inicialmente, as ações atingiam apenas uma tecnologia usada para pirataria.

Atualmente, a autarquia tem capacidade para bloquear as três soluções mais utilizadas no serviço ilegal: compartilhamento de chave de criptografia do sinal da TV paga, assinatura pirata e IPTV.

“O objetivo da Anatel é retirar TV boxes não homologadas dos lares brasileiros. Esses dispositivos não têm assistência técnica, não há garantia de segurança de dados e podem se tornar vetores de ataques digitais à rede do usuário ou às redes das prestadoras de telecomunicações”, afirma Coimbra.

No último dia 6, durante a transmissão da última rodada da série A do Campeonato Brasileiro de futebol masculino, a Anatel realizou, pela primeira vez, uma operação sincronizada com as prestadoras de banda larga e o Laboratório de Operações Cibernética do Ministério da Justiça. Como resultado, a ação bloqueou aplicativos usados para pirataria e 1,2 mil sites de streaming ilegais.

“2023 tem sido um ano de bastante aprendizado para a atuação da agência e já constrangemos os fornecedores de equipamentos clandestinos e de serviços ilegais”, avalia Coimbra. “Para 2024, devemos ampliar as operações de bloqueio, fortalecendo o combate à pirataria de conteúdo audiovisual no Brasil, e ampliar o combate ao comércio e uso de TV boxes clandestinas”, acrescenta.

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Da Redação

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