Anatel lança dia 9 tomada de subsídios para novo leilão de frequência em 2025

Segundo o presidente da agência, Carlos Baigorri, nessa consulta, serão listadas as mais variadas frequências, entre elas uma fatia da faixa de 6 GHz,

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A Anatel vai lançar nesta  sexta-feira, 9, uma tomada de subsídios para o próximo leilão de espectro no Brasil, previsto para 2025. Segundo o presidente da agência, Carlos Baigorri, nessa consulta, serão listadas as mais variadas frequências, entre elas uma fatia da faixa de 6 GHz, que atualmente está integralmente direcionada para o WiFi, que é de uso livre, ou seja, que não seria passível de venda em leilão. Embora a Anatel tenha decidido há dois anos destinar integralmente a faixa de 6 GHz para o uso da banda larga fixa e gratuito, sem necessidade de pagar pelo espectro, no ano passado, na Conferência de Radiofrequência da UIT, a Anatel sinalizou que vai mudar de posição, destinando pelo menos 600 MHz desse espectro para a telefonia celular, como reivindica a indústria de celular global.

¨A parte alta da faixa de 6 GHz também estará nessa tomada de subsídios para o futuro leilão¨, afirmou Baigorri. Segundo ele, a tomada de subsídio irá buscar a opinião do mercado sobre quais são as frequências  que devem ser licitadas. A licitação contará com o novo Pert – Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações –  que deverá ser votado na primeira reunião do ano do Conselho Diretor, que acontece nesta quinta-feira, dia 8.

¨O novo Pert vai trazer as lacunas da cobertura de infraestrutura para alimentar também o processo licitatório. O Pert traz um diagnóstico da rede brasileira e o que será cobrado do mercado sob a forma de compromissos de investimentos nos leilões de frequências¨, disse o presidente.

Desafios 

Para Baigorri, o Plano Geral de Competição (PGMC) e o do Uso de Espectro (RUE) são os principais regulamentos a serem publicados pela agência no ano. Isso porque, enquanto o PGMC passa a tratar o detentor de espectro sob a ótica do Poder de Mercado e o  RUE irá estimular o seu efetivo uso.

¨O grande debate é encontrar o equilíbrio entre o direito de propriedade e o uso eficiente de espectro que está ocioso¨, afirmou.

O presidente da Anatel espera ainda que este ano a concessão de telefonia fixa deixe de existir. Ele participou do evento Políticas de Telecomunicações promovido pelo portal Teletime e Universidade de Brasília.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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