Anatel já estuda impacto da venda da Oi Móvel sobre preços
Antes mesmo da venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo, a Anatel já estuda o impacto da operação sobre os preços no mercado de telecomunicações. A agência quer calcular o reflexo nos preços ao consumidor resultante do fatiamento da unidade celular da Oi entre as rivais, disse o presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, durante live promovida hoje, 11, pelo site Convergência Digital.
“Esses testes de pressão de preços tentam capturar a possível pressão de preço ao consumidor com base em fusões. Então, pode ter efeito sobre os preços. E aí precisará avaliar remédios. Ou não. Estamos falando de uma operação com complexidade significativa. Por isso estamos buscando modelos para melhor embasar a decisão do Conselho Diretor”, esclareceu.
Morais destacou que órgão se prepara para se manifestar e até dar anuência sobre a operação, que pode chegar ao valor de R$ 16,5 bilhões, conforme proposta apresentada pelo consórcio formado pelas três operadoras.
Para o executivo, no Brasil nunca houve um “número dourado” que registrasse a quantidade ideal de competidores no mercado nacional. “O que importa é ter rivalidade. É com isso que vamos analisar uma eventual anuência prévia submetida à Agência”, disse.
Impacto menor
Morais considera que o impacto na disputa do mercado será menor se a empresa norte-americana Highline concretizar proposta para levar a Oi. Isso porque é uma nova concorrente e está compondo com a Algar, que concentra menor fatia de consumidores.
Disse ainda que a agência acompanha as notícias sobre a venda de outras unidades, como o setor de fibra óptica e os dutos. Por enquanto, afirmou, não há uma proposta concreta sobre os ativos a serem vendidos para uma avaliação mais consistentes por parte da Anatel.