Anatel define meta de alcançar 98,6% da população com telefone celular em dois anos
A Anatel acaba de publicar o Panorama Setorial de Telecomunicações, com os dados do ano de 2020, em forma de infográficos, o que oferece uma rápida e boa radiografia do mercado de telecomunicações brasileiro. Produzido pela superintendência de Outorgas e Recursos à Prestação, o panorama elenca a base dos principais serviços prestados à população.
E o panorama indica que, embora existam hoje 235,4 milhões de celulares em serviço, portanto, número maior do que a população (estimada em 211 milhões), a cobertura do serviço celular só atinge 90,11% da população. Isso porque as comunidades que vivem em mais de 40 mil distritos não sede dos municípios, que congrega uma população de pelo menos seis milhões de pessoas e todos os trabalhadores e moradores das zonas rurais brasileiras não têm cobertura da rede de celular. Mas conforme o panorama feito pela agência a meta é alcançar 98,65% da população até 2023.
O relatório da Anatel mostra também que o mercado de banda larga fixa está mais competitivo, com um índice de IHH abaixo de 0,15, o que é bastante significativo, e que a competição no segmento de telefonia móvel também se mantém bem acirrada.
Market Share
Conforme o balanço da Anatel, a base de pré-pagos de celular galgou algumas posições, nesse período de pandemia, e fechou o ano com mais usuários do que o de pós-pago. Dos 235,4 milhões de celulares ativados, 51% são pré-pagos. A Vivo continua em primeiro lugar, com 33,6% do market share, seguida pela Claro, com 26%, TIM 22% e Oi, 15%. Ainda existem no país 11% de celulares com tecnologia 2G, que não se conectam à internet.
Na banda larga fixa, com 35,9 milhões de acessos em serviços, a fibra óptica já é a principal tecnologia, com 47%, seguida pelo cabo coaxial, com 26,4% e par de cobre, com 17,1%.
Na TV por assinatura, a transmissão via satélite continua em queda significativa, com apenas 38,7% do mercado, seguida pelo cabo coaxial, com 41,8% dos acessos. Claro mantém-se na liderança, com 47,2% dos clientes, seguida pela SKY, com 30,4% do mercado.
Veja aqui o Panorama Setorial de Telecomunicações