Anatel defende aproximação entre provedores e prefeituras

Superintendente da Anatel defende diálogo com players privados e governamentais para encontrar soluções a gargalos de compartilhamento e infraestrutura de telecom

As prefeituras  são atores decisivos para os provedores de internet no que se refere a mediar diálogos com a população e evitar protestos e manifestações em relação a prestação dos serviços de telecom, propôs José Borges da Silva Neto, superintendente de Competição da Anatel em painel do ISB Business Brasília, evento da Momento Editorial e da Aspro que foi encerrado nesta sexta-feira, 30.

Borges mencionou não apenas as prefeituras, mas em algumas situações o Ministério Público como organismos importantes para essa relação de compliance. Ele citou como exemplo casos como postes energizados, propensos a provocar incidentes às vezes graves.

“É decisivo ouvir as prefeituras, pois, por meio delas têm-se como medir a satisfação da sociedade. Até porque existem aquelas situações de manifestações públicas sobre a qualidade dos serviços”, aconselhou o gestor da Anatel.

De modo geral, Borges e outros palestrantes afirmaram que em telecom é muito importante debater com agentes públicos e privados a fim de encontrar melhores soluções para demandas como preços e infraestrutura.
Mas o superintentente alertou que um desvio empresarial no setor fica por conta de provedores que provocam competições espúrias, em razão de não respeitarem as especificações técnicas, o que ocasiona insatisfação dos usuários e mau uso das redes. Nessas situações, o protagonismo das prefeituras ganha maior relevância, afirmou.

Apesar dessas considerações, painelistas como Arcanjo W. P. Mendonça, sócio e administrador da Turbomais Network, disseram que vem se consolidando uma tendência entre os provedores de não se considerarem inimigos, mas parceiros. Essa lógica é salutar e propicia redução de custos em razão do compartilhamento de redes.

Desorganização dos grandes

Arcanjo Mendonça entende que os pequenos provedores de internet são mais organizados na utilização da infraestrutura aérea.

“Além de atender os nossos clientes, estamos fazendo um serviço voluntário de remover alguns cabos que oferecem risco quando é possível, porém, não podemos atuar sem uma segurança jurídica”, disse.

Por Ailane Silva

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Da Redação

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