Anatel bloqueia 1.5 mil canais piratas em 29 operações já deflagradas

A Anatel está agindo junto a centenas de operadoras de telecomunicações, que somam cerca de 80% dos acessos de banda larga fixa do país, para bloquear o conteúdo pirata
Anatel atua contra piratas em 80% das redes. Crédito-Anatel
As ações de bloqueio contra piratas alcançam 80% dos acessos de banda larga, diz Anatel

A Anatel já bloqueou 1,499 mil endereços IPs (canais) que transmitiam programas audiovisuais piratas em 29 ações de fiscalização realizadas desde fevereiro até agora, informou hoje,1, o superintendente de Fiscalização, Hermano Tercius, durante a inauguração do laboratório antipirataria

Segundo Tercius, a agência prioriza as transmissões com a tecnologia mais avançada, que  fazem parte das TVs Box capazes de acessar os endereços IP, da internet, e já promoveu o bloqueio de nove marcas e 30 modelos dessas “caixinhas”. ” A ação visa também a proteção aos usuários e às redes de telecom, pois constatamos que esses equipamentos podem somar a capacidade de processamento de milhões de outros equipamentos espalhados pelo país e há um risco muito forte de até conseguirem atacar redes governamentais. A ação antipirataria virou problema de segurança nacional”, afirmou.

Conforme o técnico, a Anatel está agindo junto a centenas de operadoras de telecomunicações, que somam cerca de 80% dos acessos de banda larga fixa do país, para que os conteúdos piratas sejam removidos ou bloqueados. ” Bloqueamos 500 endereços IP ontem à noite, com a participação de 190 entidades, que somam 80% dos acessos. É bom lembrar que o país congrega mais de 19 mil prestadores de serviço de de banda larga fixa e quase 9 mil sistemas autônomos de internet, o que torna o trabalho da Anatel ainda mais desafiador”, afirmou.

A agência pretende, ao ampliar o uso de seu laboratório, também aprimorar a atuação de atendimento dos pedidos do Ministério Público, política e justiça, dando mais efetividade ao cumprimento das ordens judiciais e comunicar com mais agilidade aos órgãos executores sobre ocorrências de descumprimento.

Tercius assinalou que existem equipamentos de TV Box devidamente homologados pela Anatel, e que não trazem prejuízos aos usuários ou às redes de telecomunicações. Mas as caixinhas piratas promovem a decodificação clandestina dos sinais transmitidos pelas operadoras de TV paga.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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