Anatel aprova novo regulamento de espectro, que libera mercado secundário

O novo regulamento de espectro cria a figural da "exploração industrial" de frequência, ou o mercado secundário, que permite que a operadora aloque a frequência que ocupa para outra empresa, mediante anuência prévia.

shutterstock_Merydolla_politica_infraestrutura_regulacao_geral_frequencia_abstrataA Anatel aprovou hoje, 27 o novo regulamento de uso de espectro, que libera o mercado secundário, mediante anuência prévia. “ O regulamento facilita o uso secundário do espectro, quando o titula em caráter primário não estiver com a utilização devida”, afirmou o relator Otávio Rodrigues. O regulamento foi aprovado por unanimidade do conselho.

Antes, o conselho negou o recurso de entidades da sociedade civil que pediam a suspensão por 60 da análise do projeto. Mas o mérito da proposta das entidades foi enviado para a área técnica avaliar.

O regulamento estabelece que para o compartilhamento da frequência, a operadora deverá descrever a proposta, idendtificar a frequência, a área , a condição contratual, a remuneração, o início e fim da operação, além de apresentar a minuta do contrato.

A Anatel, na anuência prévia, poderá negar, anuir parcialmente, impor limitações geográficas ou temporais ao pedido. Poderá ainda autorizar em uso secundário de eventuais frequências cedidas e delimitar flexibilização de anuência prévia para novos entrantes.

A Anatel tentava, desde 2008 alterar essa norma, que passou por 12 versões. A última consulta pública foi feita em 2014 e somente no último ano é que a agência avançou com a proposta para a criação do mercado secundário, que na prática transfere as frequências para a iniciativa privada e faz com que as detentoras das outorgas rentabilizem os espectros que ocupam, podendo alocados para outros operadores.

Foi aprovado também novo regulamento de preço público de espectro e mudanças no regulamento de sanção

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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