América Móvil anuncia joint venture entre a Claro Chile e a Liberty LatAm

Negócio envolve transferência de dívida e dá à Claro Chile capacidade de crescer na banda larga fixa por fibra no país
Crédito: Freepik

A América Móvil avisou hoje, 29, ao mercado que está entrando em uma joint venture para ampliar sua presença no Chile, onde tem 6,5 milhões de clientes no celular. O negócio prevê a formação de uma sociedade entre a Claro Chile e a VTR, unidade local da Liberty Latin America especializada em serviços fixos baseados em fibra óptica com carteira de 3 milhões de assinantes.

A transação será concluída na segunda metade de 2022. Com o negócio, as empresas pretendem acelerar o ritmo de implantação de rede óptica de acesso no país. A estrutura de capital da sociedade, diz a América Móvil, permitirá chegar a 6,5 milhões de casas passadas com fibra até 2025.

A fusão também levará a sinergias. As empresas esperam economizar US$ 180 milhões, dos quais, 80% nos três primeiros anos do negócio. Além de redução de despesas pela sobreposição de certos ativos, as sócias esperam ganhos causados pela oportunidade em vendas cruzadas de produtos móveis e fixos.

A transação também ajuda a Liberty Latin America, uma vez que a VTR tinha dívida de US$ 1,5 bilhão, que passa a ser dividida pela joint venture. A Claro tinha endividamento de US$ 400 milhões. A Liberty pagará à América Móvil o equivalente a US$ 100 milhões.

O comando da joint venture será dividido igualmente entre os grupos: a Claro vai indicar quatro conselheiros ao board, enquanto a Liberty, outros quatro. O presidente do conselho será rotativo entre os sócios. A operação não inclui as torres da América Móvil no Chile.

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Rafael Bucco

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