Algar Telecom prestes a entrar no Nordeste

A operadora mineira Algar prepara o terreno para iniciar as operações no Nordeste a partir de Fortaleza. Aguarda apenas a ativação do cabo submarino Monet, construído em parceria com o Google, e que vai interligar a região à sua rede do Sul do país.

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A Algar Telecom se prepara para no mercado nordestino. A operadora mineira tem operações de banda larga e telefonia fixa no Sudeste e no Sul. No momento, aguarda a ativação do cabo submarino Monet para interligar sua rede ao Ceará. Os negócios na nova área de atuação devem partir de Fortaleza, mas a empresa ainda está em fase de definição do plano de expansão, que detalha quais cidades atender a partir da criação do ponto de presença local.

A entrada no Nordeste era para ter acontecido já no primeiro trimestre. Mas atrasos na construção do cabo submarino a obrigou a rever o cronograma. “O cabo ficará pronto no quarto trimestre. Já compramos todos os equipamentos para iluminá-lo, estão instalados, está tudo pronto. A iluminação será em dezembro”, disse ao Tele.Síntese o presidente da empresa, Jean Borges.

Segundo ele, a estratégia de exploração do cabo por parte da Algar será diferente da prevista pelos parceiros na construção, que inclui Google, Antel e Angola Cables. “Nosso objetivo é atender o B2B e o B2C”, afirma. A expansão na região poderá acontecer por aquisição de provedores locais de banda larga. Mas isso ainda depende de análise de custos e comparativos com investimentos em construção de rede própria, nova.

Fixo

A Algar é uma das poucas empresas brasileiras que exploram telefonia fixa que vem conseguindo ampliar mês a mês. sua base de assinantes. O feito, diz Borges, tem relação menos com a demanda, e mais com a oferta.

“A expansão é baseada na oferta de fibra óptica para o B2B. A gente não pensa em crescer fora da área de concessão fora do segmento corporativo. E sem a banda larga, a telefonia fixa não estaria crescendo. O cliente não é obrigado a consumir os dois, mas criamos uma solução integrada, baseada em qualidade de serviço e de comunicação unificada”, lembra.

Em maio, a Algar foi a empresa que mais cresceu em novos acessos fixos, tanto entre as autorizadas, como entre as concessionárias. Foram 51 mil adições em um ano, enquanto o setor perdeu quase 1,5 milhão de acessos, uma evolução acima de 10%. Também na banda larga a empresa vem crescendo acima de 8% ao ano.

Expansão vs. lei das antenas

No móvel o saldo também é positivo, mas mais modesto – cresce pouco menos de 2% ao ano. A empresa tem espectro para expandir a 233 cidades mineiras usando a frequência de 2,1 GHz da banda H, adquirido em 2010.  Mas conseguirá ligar o 3G em apenas 50 cidades desse total até o final do ano.

“A gente poderia ser mais rápido se tivesse a facilidade de instalação das antenas. A lei federal [de 2014] ajudou, mas falta regulamentação”, explica. Com isso, a empresa enfrenta dificuldade para obter as licenças de uso do solo junto às prefeituras.

Além da cobertura nova nessas 50 cidades, a Algar tem celular em 87 cidades de sua área de concessão. Dessas, 14 cidades estão com redes 4G, o que representa 72% da população da área concedida. Como concorrentes de maior porte, a operadora mineira também vem fazendo o refarming do espectro dedicado 2G. Até o final do ano, serão 20 cidades com LTE.

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Rafael Bucco

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