Algar Telecom cria unidade voltada ao desenvolvimento e integração de startups

Algar Telecom pretende obter de 5% a 20% de participação em startups que complementem serviços da empresa mineira

A Algar Telecom está lançando uma Corporate Venture Builder com o objetivo estratégico de entrar em sociedade com startups. Com a nova empresa, o grupo espera encontrar soluções inovadoras e disruptivas aplicáveis aos próprios negócios. A parceira escolhida para essa iniciativa é a multinacional FCJ Venture Builder.

Constituída como uma nova unidade de negócios, a empresa terá consultoria direta do Brain, centro de inovação fundado pela Algar Telecom, que realiza desde 2019 programas estruturados de acesso a startups em fase de tração.

Agora, por meio da Algar Telecom Venture Builder, essa experiência será levada para a captação e desenvolvimento de startups ainda em fase inicial de operação, com produtos em lançamento ou com baixo faturamento.

“Esse é um movimento bastante estratégico para a Algar Telecom e, por isso, optamos por uma Corporate Venture Builder para fazer todo o processo de seleção e desenvolvimento das startups e sua posterior integração na companhia. Em contrapartida a um direito sobre uma participação minoritária (5% a 20%) das startups, a unidade de negócio atuará em conjunto com os empreendedores, desenvolvendo e acompanhando as empresas durante as futuras rodadas de captação e escala do negócio”, explica Tulio Abi-Saber, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Algar Telecom.

Incentivo

As selecionadas receberão mentorias com especialistas referência do mercado; acesso ao espaço dos escritórios do Brain em São Paulo, Recife e Uberlândia e Lisboa (Portugal); e apoio em áreas fundamentais para o sucesso de um novo negócio, como jurídico, marketing, administração e vendas, por exemplo.

“Além disso, ofereceremos a oportunidade para que as startups realizem negócios junto à Algar Telecom, seja fornecendo seus serviços à empresa, seja por meio de parcerias para oferta de seus serviços aos clientes da companhia. Isso é significativo, considerando que são mais de um 1,3 milhão de clientes espalhados por 16 estados e uma força de vendas formada por mais de 1.400 profissionais”, acrescenta o executivo.

O que é venture building

A proposta é desenvolver as startups utilizando a metodologia de Venture Building da FCJ, que conecta startups, investidores, corporações e universidades para alavancar negócios inovadores. Fundada em 2013, a multinacional trabalha com o objetivo de levar startups ao seu pleno desenvolvimento de forma ágil, estratégica e rápida, mitigando os riscos e erros do percurso.

“A parceria com a Algar Telecom demonstra a maturidade que o nosso processo de corporate venture builder atingiu. Para nós, é um marco muito importante e queremos atrair startups do Brasil e do mundo para atender e pensar na Telecom do futuro. Essa é a nossa meta com esse projeto da Algar Telecom”, comenta Justino, CEO e fundador da FCJ Venture Builder.

Cronograma

No primeiro ano, a expectativa é realizar chamadas no ecossistema para captação de 7 startups. Até o quinto ano, porém, o planejamento estratégico é desenvolver 40 startups. A seleção acontecerá por programas de Open Innovation, com lançamento de desafios diretamente conectados à estratégia da Algar Telecom, com base nos próprios desafios do programa de Evolução Digital da companhia.

Com esse foco, serão escolhidas startups com soluções que resolvam dores de três frentes distintas: experiência digital para o atendimento ao cliente; sustentação das operações e tecnologias digitais da empresa; e criação de novos negócios e produtos digitais.

“As startups têm sido grandes parceiras e hoje já temos 18 que participam de produtos e serviços lançados. O lançamento da Corporate Venture Builder é uma forma de evoluir ainda mais esse relacionamento”, acrescenta Zaima Milazzo, Diretora de Inovação da Algar Telecom e presidente do Brain, centro de inovação fundado pela companhia.

De acordo com o relatório Inside Venture Capital, produzido pelo Distrito em parceria com o Bexs, em 2021 as startups brasileiras receberam US$ 9,43 bilhões em investimentos, distribuídos em um total de 779 transações. O valor foi 2,5 vezes maior do que o de 2020, em decorrência de uma maior digitalização das empresas, acelerada pela pandemia. O ano passado também marcou um recorde no número de novos unicórnios (startups com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão), com dez empresas passando a integrar a lista.

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Da Redação

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