Alemanha vai proibir equipamentos Huawei e ZTE no 5G a partir de 2026

Representante do governo da Alemanha diz que medidas objetivam reduzir riscos relativos a sabotagem e espionagem. China nega.

Atualizado em 15/07

A Alemanha pretende banir as fabricantes chinesas Huawei e ZTE de suas redes 5G. O aviso se deu ontem, quinta-feira, 11, e partiu da ministra do interior, Nancy Faeser. Segundo ela, o banimento será escalonado: as empresas ficarão impedidas de participar do núcleo das redes móveis até o final de 2026, e ao fim de 2029, não poderão mais participar dos principais sistemas de gerenciamento de acesso e transporte 5G”.

O anúncio se deu após negociações que duraram meses com representantes das operadoras Deutsche Telekom, Vodafone e Telefónica, detentoras das redes 5G do país. A ministra diz que serão firmados compromissos com todas as três operadoras a fim de vedar o uso dos equipamentos chineses.

Segundo a imprensa local, Faeser afirmou que a medida visa a proteger o “sistema nervoso central” dos sistemas da Alemanha, as comunicações de cidadãos, de companhias e do próprio Estado. “Devemos reduzir os riscos de segurança e, diferente do passado, evitar dependências de um só lado”, falou ainda.

Ela afirmou ainda que foram identificados riscos de sabotagem e espionagem, o que justificou a medida. Com isso, a Alemanha se alinha a Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Canada, que também limitaram o impediram o avanço das fabricantes chinesas sobre as redes 5G locais.

A China rebate as afirmações, que classifica sem fundamento. O porta-voz do ministério de relações exteriores do país, Lin Jian, afirmou à imprensa que a Huawei e outras empresas entregam infraestrutura de alta qualidade para a Europa, geram empregos, e não existe evidência alguma de que colocam a segurança nacional de países europeus em risco.

A posição alemã foi apresentada no mesmo dia em que o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, acusou a China de viabilizar o conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura dois anos. Conforme a agência chinesa Xinhua, Lin Jian, o porta-voz das relações exteriores do país, negou e disse que a fala de Stoltenberg teria sido oportunista pois ele estaria “no fim de sua carreira política”, e busca chamar a atenção. E afirmou também que tratar a China como um inimigo imaginário só traz prejuízo à Otan. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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