ALE fecha contratos com Correios e Governo de Santa Catarina em 2017

A Alcatel Lucent Enterprise cresceu dois dígitos no Brasil neste ano. Com foco em hotelaria, saúde, governo, educação e transporte, calcula que expansão deve contunuar em 2018, graças a WiFi, nuvem e IoT.
Matthieu Destot. EVP Global Sales & Marketing.
Matthieu Destot, EVP Global Sales & Marketing da Alcatel Lucent Enterprise.

A Alcatel Lucent Enterprise cresceu dois dígitos no Brasil neste ano. A empresa, fornecedora de redes para o setor corporativo, colheu resultados melhores aqui do que no resto do mundo, onde a receita aumentou não mais que um dígito, segundo seu CEO, Matthieu Destot.

Em visita ao Brasil, o executivo conta que a transformação digital está levando o setor corporativo a investir mais na qualidade de suas redes internas, comprando soluções de mobilidade e nuvem. Ele destacou o fechamento de contratos importantes, através de seus canais e distribuidores locais, com os Correios e governo de Santa Catarina.

O valor dos contratos ele não revela, até porque nas licitações a participação aconteceu por parceiros. Ainda assim, ele esses negócios garantiram o crescimento acima da média mundial. “Os anos de 2015 e 2016 foram difíceis para todo mundo. Mas neste ano tivemos a assinatura desses contratos, o que nos fez superar as metas”, afirmou a jornalistas em evento realizado em São Paulo.

Apenas em Santa Catarina, o executivo revela que 30 mil funcionários públicos passaram a usar a solução de comunicação e colaboração online Rainbow. Até o final de 2018, 90 mil funcionários do estado deverão usar a plataforma. O contrato de fornecimento tem duração de 10 anos. O parceiro na empreitada é a integradora Intuitiva Tecnologia.

Tecnologia própria

Segundo Destot, as empresas locais estão comprando mais os produtos de transformação digital da ALE. São serviços de transição para a nuvem, mas que podem ser usados on premisse, em redes híbridas, ou off premisse, conforme o projeto.

“Conseguimos nos diferenciar com lançamentos este ano no Rainbow e no WiFi, com o Omni Access Stellar, uma rede que dispensa uso de controladores e pode ser toda gerenciada a partir da nuvem”, conta. A solução WiFi, diz, custa 30% menos que o WiFi tradicional, uma economia condizente com a necessidade das empresas em economizar por causa da crise. O market share gira em torno de 10%.

A ALE investiu 15% de sua receita em P&D no último ano, mas não tem unidade de desenvolvimento local. As adaptações são todas feitas em laboratórios situados na França e nos Estados Unidos. Para crescer nos próximos anos, a empresa definiu setores estratégicos que buscará atender: hotelaria, saúde, governo, educação e transporte.

Todos estes segmentos da economia, a seu ver, passarão em breve pela transformação digital. “Estamos mostrando aos clientes que a transformação digital não significa apena redução de custos. Pode ser manter custos, mas ampliar a receita por ter serviços mais eficientes ou uma relação melhor com o consumidor”, explica Nuno Ribas, responsável pelo comando das operações para Sul da Europa, América Latina e Oriente Médio.

Além do WiFi e da comunicação como serviço, a ALE pretende construir redes aptas a lidar com a onda de internet das coisas que, prevê Destot, deve chegar com força às empresas em dois anos. Na América Latina, além do Brasil, a empresa cresceu acima de um dígito em Argentina, Colômbia e México.

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Rafael Bucco

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