Adesão a multinuvem na América Latina é menor, diz estudo da F5

A adesão dos CIOS na América Latina à multinuvem é de 58% contra 70% das respostas globais
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Crédito: Freepik

Estudo da F5 com líderes da América Latina demonstra que a adesão a multinuvem no país é menor do que em outras regiões do globo. A pesquisa foi feita com  117 líderes de tecnologia de grandes organizações no Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile e afirma que a adesão aqui é de 58% contra 70% das respostas globais.

O estudo aponta ainda que, 46% dos executivos lutam 46% lutam para otimizar aplicações como o internet banking e o engine de portais de e-commerce; e que a inteligência artificial é estratégica para 41% do universo pesquisado.

O estudo State of Application Latin America Edition é um subset de uma pesquisa global da F5. Uma peculiaridade dos líderes em economia digital da região é o foco em oferecer serviços a seus próprios colaboradores (18%). Na América do Norte, por exemplo, apenas 8% dos entrevistados têm esse perfil. 53% dos gigantes digitais da América Latina apresentam um perfil B2B, contra 48% em todo o mundo.

“Esses dados retratam uma região em que as empresas mais avançadas digitalmente têm um perfil menos ‘consumer’ do que se encontra em outras geografias. Isso impacta o modo como a nuvem está sendo adotada na América Latina”, analisa Juan Villalobos, Diretor de Canais de Vendas da F5 América Latina.

Adesão a multinuvem

“Em relação ao desafio de se gerir multinuvens, vale a pena analisar o uso de soluções que criam uma camada comum de gerenciamento a todas as nuvens – sejam públicas, privadas ou híbridas”, avaliou o executivo, em relação à menor adesão à multinuvem dos executivos da região.  A partir de um único dashboard, é possível aplicar a mesma política de segurança
em todas as nuvens, padronizando métricas e ganhando visibilidade e controle sobre ambientes muito diferentes entre si. “Com a chegada da rede 5G – a nuvem das nuvens – à América Latina e a crescente disseminação de sites de Edge Computing, essa demanda é mais urgente do que nunca”, completa.

Segurança

Em termos de novas tecnologias, 44% dos 117 CIOs e CISOs entrevistados mostraram interesse na plataforma WAAP (Web Application and APIs Protection). Conceito construído pelo Gartner para endereçar os desafios de segurança de um mundo onde negócios e aplicações trocam dados 24×7, o WAAP dá conta da proteção de aplicações e de APIs (Application Programming Interfaces) num mundo multinuvem e multiplataforma. “Cresce a cada dia a adoção de soluções WAAP pelas grandes organizações da nossa região”, diz Villalobos. Uma das razões para isso é a consciência de que as APIs, essenciais para a aceleração dos negócios digitais, nem sempre são construídas de acordo com as melhores práticas em segurança. Vulnerabilidades nas APIs podem afetar mais do que empresas, atingindo ecossistemas inteiros como o Open Banking ou o Open
Health, que começa a ser desenhado na América Latina.

Inteligência artificial

O estudo revela, ainda, que 41% dos entrevistados analisam o valor que soluções de AIops (Artificial Intelligence Operations) podem agregar a seus negócios. É um índice menor do que os 61% que, na pesquisa da F5 de 2021, estudavam esse tipo de tecnologia. Na visão de Villalobos, uma das razões para isso pode ser o fato de que, cada vez mais, são os líderes de negócios e não os líderes de tecnologia – o foco deste estudo – que buscam os resultados trazidos pelas plataformas de Inteligência Artificial.

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Redação DMI

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