Ações das operadoras brasileiras se valorizam acima de 40% em 2016

Mesmo em recuperação judicial, papel preferencial da Oi se valorizou de 51,88% nos últimos 365 dias. Ação da TIM subiu 41,3%, e da Vivo, 40,9%.

O investidor que comprou ações das operadoras brasileiras em 2016 colheu bons resultados. Esses papeis tiveram alta de dois dígitos em todos os casos.

A Oi, que atravessa recuperação judicial, é o exemplo mais gritante. Nos últimos 365 dias, incluindo a primeira semana de janeiro deste ano, as ações preferenciais subiram 51,88%. Ao longo de 2016, as ações ordinárias tiveram forte oscilação, chegando a variar até 300%. Quem apostou nelas no começo de 2016 obteve valorização, na venda hoje, de 18,11%.

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Gráfico do Société Mondiale mostra movimentos de alta causados pelos investimentos do fundo.

As variações da Oi aconteceram por movimentos de grandes investidores. A alta de até 300% se deu entre junho e setembro, período durante o qual Société Mondiale e outros fundos compraram participação na companhia. A recuperação judicial chegou a derrubar em 30% o valor das ações ordinárias da companhia, após um período de fortes ganhos, mas o caminho de alta foi retomado nos meses seguintes.

O percurso das outras operadoras teve altos e baixos mais suaves. Nos últimos 365 dias a TIM acumulou valorização de 41,3%. Já a Vivo registrou aumento de 26,8% no valor das ações ordinárias (VIVT3) e de 40,94% nas preferenciais (VIVT4). A Telebras foi a que menos se valorizou: 25,41%. Juntas, as empresas de telecomunicações têm valor em bolsa de R$ 319 bilhões.

O resultado foi bom, mas não se aproxima do desempenho de outros setores, como os de bancos e de minérios. O Banco do Brasil, por exemplo, tem alta de 116,95% nos papeis em um ano. Já Bradespar, de 332,5%, Vale de 239%, e Petrobras de 156,65%.

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Rafael Bucco

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