Ação da Oi despenca 31,77% após operadora entrar com pedido de tutela antecipada na Justiça
Matéria atualizada às 19h21*
No primeiro pregão após ingressar na Justiça do Rio de Janeiro com pedido de tutela antecipada, a ação ordinária da Oi despencou 31,77% nesta quinta-feira, 2.
O papel (OIBR3) fechou o dia cotado a R$ 1,61, menor valor registrado durante as operações na B3. O valor máximo chegou a R$ 1,90. Na quarta-feira, 1º, a ação ordinária da operadora valia R$ 2,36.
As ações preferenciais (OIBR4) também tiveram queda significativa. Os papéis tiveram baixa de 27,55%, a R$ 3,68, valor bem próximo à mínima do dia. Ao longo desta quinta-feira, variaram de R$ 3,67 a R$ 4,39. No dia anterior, as ações preferenciais fecharam o pregão cotadas a R$ 5,08.
O desempenho da Oi esteve no campo negativo durante todo o dia. Ainda de manhã, por volta das 11h05, a ação ordinária registrava queda de 24,57%, ao preço de R$ 1,78, enquanto a preferencial caía 18,3%, cotada a R$ 4,15.
TUTELA ANTECIPADA
A operadora ingressou, na noite de 1º de fevereiro, com pedido de tutela antecipada para evitar o pagamento de dívidas que vencem na próxima semana. O procedimento é considerado uma antecipação a uma nova solicitação de recuperação judicial (RJ).
Em seu pedido, a empresa argumenta que sua estrutura de capital continua insustentável. A Oi afirma ter um passivo de R$ 29 bilhões em dívidas financeiras.
Na manhã desta quinta-feira, a operadora emitiu um comunicado no qual diz que, em termos operacionais, a empresa segue funcionando normalmente e que o pedido de tutela antecipada não afeta os fornecedores. A intenção deste movimento, segundo a empresa, é proteger o negócio da cobrança de credores financeiros, como bancos e agências de crédito internacionais.
Vale destacar que a recuperação judicial da Oi, iniciada em junho de 2016, foi encerrada no dia 14 de dezembro do ano passado. Na ocasião, o juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, destacou que foi o mais impactante e relevante processo de recuperação judicial já conduzido pelo Judiciário brasileiro, além de ser um dos mais complexos do mundo jurídico contemporâneo.