Acionistas da Vivo aprovam redução de capital social de R$ 1,5 bilhão
A Telefônica Vivo informou que obteve aval dos acionistas para reduzir o capital social da companhia em R$ 1,5 bilhão. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária , realizadas nesta quarta-feira, 24. Na prática, com a redução, o capital social da operadora passa de R$ 63,5 bilhões para R$ 62 bilhões.
O processo, sem o cancelamento de ações, prevê restituição de valores aos investidores. No caso, o valor a ser ressarcido será de R$ 0,90 por ação ordinária de emissão da companhia.
Em fato relevante divulgado ao mercado, a Vivo salienta que, em razão do Programa de Recompra de Ações, o referido valor por papel poderá sofrer alterações, uma vez que o pagamento levará em conta a base acionária da empresa no dia 10 de abril deste ano. Ou seja, após essa data, as eventuais ações de emissão da companhia não terão direito à restituição.
A Vivo informou que os recursos serão pagos em uma única parcela, até o dia 31 de julho deste ano, em data a ser confirmada pela diretoria da empresa. Além disso, a redução será concretizada após o transcurso do prazo de 60 dias para oposição de credores, contados a partir da publicação da ata da assembleia, divulgada também nesta quarta-feira.
Conforme o mapa final de votação sintético, a decisão pela redução do capital teve adesão de 99% dos acionistas que participaram da deliberação.
Contexto
Em fevereiro do ano passado, a Vivo protocolou um pedido de anuência prévia na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para redução de seu capital social. Em setembro, o órgão regulador aprovou a solicitação, contanto que o procedimento fosse de, no máximo, R$ 5 bilhões.
Em novembro, o conselho de administração da companhia aprovou a redução de R$ 1,5 bilhão. Naquele mês, o CEO da operadora, Christian Gebara, informou que o procedimento deveria ocorrer ainda no primeiro semestre de 2024.
De forma geral, a Vivo justificou a operação alegando que a redução tinha o objetivo de “aprimorar a estrutura de capital”, permitindo que a empresa pudesse flexibilizar a alocação financeira, “gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos e a geração de valor aos seus acionistas”.