Acionistas apresentam chapa concorrente para assumir conselho de administração da Oi
A Oi informou, nesta sexta-feira, 10, que recebeu de um grupo de acionistas a indicação de uma chapa para concorrer à eventual eleição de membros do conselho de administração. A votação deve ocorrer na assembleia geral extraordinária prevista para o dia 6 de março.
A chapa tem o apoio dos investidores Tempo Capital Principal Fundo de Investimento de Ações, Victor Adler e VIC DTVM S/A.
O grupo indicou dez nomes para a chapa que deve concorrer aos cargos. São eles: Andrew Thomas Campbell; Claudia Elisa de Pinho Soares; Daniel Alves Ferreira; Isabella Saboya de Albuquerque; Marcelo Amaral Moraes; Marcos Rocha; Mauro Gentile Rodrigues da Cunha; Ricardo Doria Durazzo; Ricardo Magalhães Gomes; e Ricardo Reisen Pinho.
A assembleia também deve deliberar sobre a redução do quadro do conselho de 11 para 9 membros.
Caso o número de cargos diminua, a chapa concorrente será formada pelos seguintes nomes: Claudia Elisa de Pinho Soares; Daniel Alves Ferreira; Isabella Saboya de Albuquerque; Marcos Rocha; Mauro Gentile Rodrigues da Cunha; Ricardo Doria Durazzo; Ricardo Magalhães Gomes; e Ricardo Reisen Pinho.
No comunicado, a Oi ressaltou que ainda aguarda o retorno dos acionistas em relação à apresentação de determinados documentos e informações relativas aos membros indicados.
A operadora também disse que, assim que receber a documentação completa, providenciará a inclusão dos candidatos no Boletim de Voto a Distância e no Proxy Card.
A assembleia decorre de um requerimento apresentada pelo acionista Victor Adler, que argumentou que o atual conselho deveria ser destituído após a reestruturação da empresa.
A administração da Oi, por sua vez, recomendou que os acionistas rejeitem a proposta. Além disso, apresentou uma chapa formada por nove conselheiros, praticamente mantendo o quadro vigente.
Situação da empresa
Após encerrar em dezembro passado o processo de recuperação judicial iniciado em 2016, a Oi, no início de fevereiro deste ano, solicitou um pedido de tutela antecipada à Justiça do Rio de Janeiro, com a intenção de se proteger da cobrança de credores.
A solicitação foi concedida, e a empresa ganhou um prazo de 30 dias para dar início a uma eventual nova recuperação.
Nesta semana, a Oi adotou movimento semelhante nos Estados Unidos. A companhia entrou com um pedido de proteção na Justiça de Nova York. Na prática, a medida estende os efeitos da tutela antecipada para o território norte-americano.