A rede de satélite como backhaul da rede 5G
Num país das dimensões continentais do Brasil não há hipótese, em nenhum projeto de rede, de se prescindir do satélite, na avaliação do conselheiro da Anatel, Leonardo Euler de Morais, que participou hoje de um debate sobre o tema no Painel Telebrasil 2018 2018, que se realiza em 2018. Por isso mesmo, a Abrasat, entidade que representa a indústria do satélite no Brasil, firmou um convênio com o Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, que está desenvolvendo dois projetos para verificar qual é o melhor modelo para a rede de satélite completar a rede 5G, especialmente na cobertura do campo brasileiro.
Os projetos ainda estão em desenvolvimento, mas Gerson Souto, diretor da SES e representante da Abrasat, disse que está claro que o satélite tem papel a desempenhar no ecossistema 5G, como backhaul da rede para dar mais eficiência à cobertura em determinas geografias. Depois que esse conceito for testado e consolidado pelo Inatel, o objetivo da Abrasat, de acordo com Souto, é que a incorporação da rede satélite à topologia 5G para atendimento de regiões remotas seja levada pelo grupo 5G do Brasil às esferas internacionais de normatização para que seja adotada em nível mundial. De acordo com ele, outros países de grandes dimensões geográficas também estão se interessando pelo modelo.
Euler defendeu o projeto de lei, em tramitação na Câmara dos Deputados, que reduz o Fistel das estações VSAT, equalizando as taxas com as dos celulares. Hoje uma estação VSAT paga R$ 201 de TFI ( taxa de fiscalização) contra R$ 26,80 do celular. De acordo com o conselheiro, a aprovação do projeto de autoria do deputado Thiago Peixoto (PSD/GO), pemitirá um ganho em tributos de R$ 2 bilhões, com o aumento do número de VSATs em operação.