5G fechará lacuna de conectividade na América Latina
É consenso entre os especialistas que a nuvem, a internet das coisas (IoT) e a inteligência artificial vão impulsionar a transformação digital, que está ocorrendo cada vez mais rápida. Nesse sentido, acreditam os especialistas, o crescimento do 5G fechará a lacuna de conectividade que existe na América Latina e no Caribe.
Para os executivos da Huawei, a região ainda precisa diminuir esse “gap” de conectividade quando se trata de rede de telecomunicações. Segundo eles, a nova geração de tecnologias como 5G, juntamente com a crescente penetração de smartphones e dispositivos podem significar maiores chances de fechar a lacuna de conectividade. Essas informações foram dadasna tarde desta terça-feira, 1º, no MWC22, durante mesa redonda sobre transformação digital.
“Os lançamentos de tecnologia do 5G serão um fator importante para os mercados em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, Indonésia e Índia”, revelou o CTO da Huawei, Paul Scanlan,
Dados do relatório Mobile Economy 2022, divulgação pela GSMA, revelam que o número de assinantes de Internet móvel em todo o mundo atingiu 4,2 bilhões de pessoas em 2021. Apesar desses números ainda há defasagem de uso foi de 3,2 bilhões de pessoas. “Acessibilidade, conhecimento, relevância e habilidades são os motivos para essa lacuna”, acrescentou o CTO da Hauwei.
Sem oferecer risco
Para Scanlan, é equivocado dizer que o 5G ofereça qualquer tipo de risco à segurança. “É de longe a tecnologia móvel mais segura que já foi desenvolvida, não existe nenhum risco de segurança. Afirmar isso é o mesmo que insinuar riscos à saúde, é desinformação”. É importante, segundo ele, investir em infraestrutura, desenvolver boas políticas e planos nacionais, além de investir na formação de profissionais.
Desafios
Guillermo Solomon, diretor de transformação digital da Huawei América Latina e da Caribe, disse que muitos países da América Latina e do Caribe estão se esforçando para desenvolver seus planos nacionais para a economia digital e que países como Chile, Brasil, México, Colômbia, Argentina e Uruguai, entre outros, estão trabalhando em políticas e estratégias lideradas pelo governo para aproveitar a inteligência artificial e a robótica em rápido desenvolvimento.
“Outro bom sinal é que há um crescimento significativo no mercado de fin-tech na América Latina e no Caribe, embora, por enquanto, Brasil, México e Chile representem 79%”, acrescentou.
Apesar disso, segundo Guillermo, as competências digitais em vários níveis continuam sendo um desafio nos países da América Latina e do Caribe, porque menos de 40% da população tem conhecimentos básicos de informática, como copiar um arquivo ou enviar um e-mail com um arquivo.
Para atividades intermediárias, como o uso de fórmulas aritméticas básicas em uma planilha ou a criação de apresentações eletrônicas, as proporções são inferiores a 30%.
A jornalista viaja a convite da Huawei.
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