“5G de verdade, só depois do leilão”, avisa Labriola, da TIM

Executivo sugere que lançamentos de serviços baseados em tecnologia 5G DSS são iniciativas de marketing

O CEO da TIM, Pietro Labriola, ironizou hoje, 8, o lançamento de redes 5G DSS no Brasil. Segundo ele, a tecnologia em seu melhor só poderá existir com mais espectro. Depois, portanto, do leilão que será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A última previsão de integrantes da agência dão conta que o certame deve acontecer apenas em meados de 2021.

O executivo da TIM fez a afirmação durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira para anúncio de investimentos no estado de São Paulo. Quando questionado em qual data a operadora pretende lançar comercialmente o 5G, ele respondeu:

“Se falamos do 5G de verdade, só depois do leilão. Se falamos no 5G do marketing, muito cedo. Eu prefiro o 5G de verdade. Preferimos ser o mais assertivos possível, explicando as vantagens verdadeiras da oferta [para os clientes]”, afirmou.

Vale lembrar que a TIM preparava o lançamento de redes 5G DSS em três cidades do país: Bento Gonçalves(RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). O lançamento foi adiado, e a última informação colhida pelo Tele.Síntese apontava que a comercialização começaria em outubro. Segundo a própria TIM, testes com clientes tiveram início esta semana.

FWA

No evento, Labriola ressaltou que a estratégia da companhia para a 5G prevê não apenas a conectividade com mais velocidade para o consumidor de banda larga móvel, como a venda de serviço FWA, de banda larga fixa entregue pela rede móvel.

Segundo ele, essa modalidade permitirá à TIM Live chegar mais rapidamente a novos públicos. Ele lembrou, ainda, que os planos de criação de uma joint venture para a implantação de fibra óptica no Brasil seguem ativos, com diferentes interessados. E reiterou que até o fim do ano, um sócio para assumir a infraestrutura da TIM Live deve ser escolhido.

O executivo também avisou que a estratégia de expansão da rede prevê uso mais intenso de satélites para fornecimento de backhaul (rede de transmissão de dados), e uso de estações radiobase movidas a energia solar em áreas como rodovias, onde não chegar infraestrutura óptica de transporte da empresa.

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Rafael Bucco

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