5G da Claro usará espectro de 2,6 GHz

Operadora afirma que não será preciso contratar nenhum plano específico para acessar a rede 5G, bastará ao cliente da empresa ter um smartphone compatível

A Claro deu mais detalhes, durante evento realizado na manhã de hoje, 8, sobre sua rede 5G – que será ativada na próxima semana em áreas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Conforme Paulo César Teixeira, CEO da unidade de Consumo e PME da operadora, será usada a frequência de 2,6 GHz, na qual a empresa tem disponível a configuração de 20 + 20 MHz (metade da capacidade para subida, e metade para descida de dados) com 4×4 MIMO. O serviço em 4,5 G continuará com a capacidade de agregação de portadoras, no caso, usando além dos 2,6 GHz, espectro em 700 MHz e 1,8 GHz.

O executivo não quis revelar os planos de expansão da operadora, que mais cedo afirmou haver intenção de expandir a rede 5G para outras cidades. Mas explicou que a proposta comercial não é vender planos móveis específicos para acesso em 5G.

Conforme Teixeira, qualquer cliente da operadora com um celular compatível poderá navegar em 5G. Ele recomenda, no entanto, que o usuário seja assinante do plano de 50 GB. Isso porque a velocidade do acesso é mais alta na 5G, e o consumo da franquia de dados tende a se acelerar.

A Claro, no entanto, vai vender o Motorola Edge com desconto e parcelamento em 12 meses para incentivar a adoção.

Conforme Eduarto Ricotta, presidente para o Cone Sul da Ericsson, empresa que forneceu a tecnologia DSS para a Claro, a velocidade máxima registrada até o momento no 5G DSS é de 400 Mbps. Com isso, a operadora poderia explorar oportunidades até em acessos fixos de banda larga via 5G, modalidade conhecida por FWA.

Mas, segundo Paulo Cesar Texeira, isso é algo ainda restrito à iniciativa da companhia em Paraisópolis, que não tem objetivos comerciais. “Neste primeiro momento de implantação da rede, a Claro vai adotar FWA em Paraisópolis em uma ação social que busca beneficiar a população local, com uma conexão de qualidade e gratuita para acesso à telemedicina e educação à distância. Ainda estamos analisando o mercado para um uso comercial da tecnologia no futuro”, falou.

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Rafael Bucco

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