14 startups brasileiras podem ser unicórnios em 2022

Em 2021, dez empresas passaram a ser avaliadas em mais de US$ 1 bilhão; lista de unicórnios brasileiros já chega a 22.
14 startups brasileiras podem ser unicórnios em 2022 - Crédito: Freepik
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O ano com recorde de investimentos em startups foi também o período com maior número de novos unicórnios no Brasil. Dez novas empresas atingiram o status em 2021 – C6, Cloudwalk, MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, Unico, Hotmart, Frete.com, Olist, Merama e Facily. Para este ano, a expectativa continua alta e outras 14 empresas estão no páreo, além de mais sete para 2023. Quem mostra isso é a nova edição do estudo da plataforma de inovação aberta e transformação digital Distrito: a Corrida dos Unicórnios.

O primeiro unicórnio de 2022 foi a fintech Neon, que recebeu um aporte de US$ 300 milhões, atingindo a avaliação bilionária.

Para o levantamento de 2022, a plataforma Distrito analisou diversos dados e considerou métricas de crescimento que apontam para um rápido avanço, como os investimentos recebidos nas últimas rodadas e a perspectiva de novos aportes. A maior parte das aspirantes a unicórnio surgiu a partir de 2013, sendo a Petlove a mais antiga da lista, criada em 1999. As mais novas empresas são Alice e Cora, fundadas em 2019.

Segundo o CEO do Distrito, Gustavo Gierun, a análise para o panorama deste ano se tornou ainda mais apurada. “Estamos usando ainda mais algoritmos para a análise em nossa ferramenta, que já possui o maior banco de dados da América Latina para o ecossistema de inovação. Assim conseguimos cada vez mais assertividade nas previsões sobre a evolução das startups ao longo do tempo”, explica.

Fintechs no topo

Todas as aspirantes deste ano, juntas, receberam mais de US$ 1,8 bilhão em investimentos – a maior parte, cerca de US$ 950 milhões, foi destinada às fintechs. O setor ainda é dominante nas apostas, representado por nomes como a A55, Cora, Conta Azul e Contabilizei, assim como o varejo, representado por startups como Shopper. Mas há outros segmentos em destaque, como o da saúde, com a chegada da Alice, e da educação, com Descomplica e isaac.

“Serviços financeiros e varejo seguem liderando a lista, mas vemos um crescimento interessante de outras áreas. Isso demonstra um amadurecimento do mercado, que enxerga oportunidades em várias frentes, e das startups brasileiras, que vem conquistando mais a confiança dos investidores”, afirma Gierun.

Terceira geração de unicórnios

O relatório mostra ainda que os unicórnios nacionais parecem entrar em uma nova geração. A primeira, até 2019, foi marcada pelos fundadores de primeira jornada, que exploravam o início das captações do mercado de Venture Capital em uma época em que poucos fundos olhavam para a América Latina. A segunda geração, de empresas que atingiram o status a partir de 2020, chegou em um mercado já consolidado, de maior liquidez. Os fundadores, mais experientes, passaram a atrair a atenção de investidores internacionais para o país.

Ao observar as características atuais do ecossistema de inovação, o relatório do Distrito pontua os primeiros sinais de uma nova fase, em que há um crescimento ainda mais acelerado. Consequentemente, as empresas alcançam a avaliação acima de US$ 1 bilhão em intervalos menores de tempo. Entre os fatores para essa transformação estão a disponibilidade de tecnologias impulsionadoras como o 5G, novas regulamentações que criaram um ambiente favorável à inovação, e o surgimento de unicórnios de setores ainda não contemplados, como HRtechs e Agtechs.

“As startups mais novas têm encontrado um cenário cada vez mais propício à disrupção. Fundos de VC, empresas e scale ups já consolidadas estão investindo cada vez mais em startups, entendendo que esse é um bom caminho para o crescimento. Mesmo setores tradicionais, como educação e saúde, estão se abrindo mais para soluções tecnológicas e se digitalizando. Os próprios consumidores já se habituaram a encontrar novidades diariamente. E as empresas líderes já entenderam que a inovação precisa ser um processo contínuo e permanente e que, conectando-se com startups, a evolução acontece mais rápido”, conclui Gierun.

(com assessoria)

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Redação DMI

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