O consumidor brasileiro quer concentração de mercado?

Pesquisa da Ericsson realizada com habitantes de cidades em todo o mundo mostra que 40% dos consumidores desejam comprar o máximo possível de produtos de uma mesma empresa. Em São Paulo, média é de 60%.

trends-ericsson-consumer-lab-divulgaçãoUma pesquisa feita pelo Consumer Lab, braço de pesquisa comportamental da Ericsson, revelada nesta semana traz indícios de que o consumidor e o poder público não estão alinhados no que diz respeito à competição comercial. Isso porque boa parte dos cidadãos afirma desejar comprar o máximos de produtos possível de poucas empresas. Ou seja, em se tratando de tecnologia, a concentração é bem-vinda, segundo a percepção identificada pela pesquisa.

Perguntadas sobre como querem que seja o mercado no futuro, pouco mais de 40% disseram desejar que as maiores empresas de TI lhes vendam todos os produtos de que precisam para viver. O consumidor brasileiro é o que menos se preocupa com a concentração de mercado: mais de 60% dos usuários avançados de internet em São Paulo gostaria de comprar todos os seus produtos das cinco maiores empresas de TI. Desse número, mais de 75% acreditam que isso acontecerá apenas daqui a cinco anos.

A pesquisa sugere que a saída para as empresas tradicionais é se tornar cada vez mais digitais, semelhantes às empresas de TI. Essa atitude levaria o consumidor a manter suas compras distribuídas, embora as empresas com mais variedade de produtos tendam a ter mais informação e capacidade de retenção. Entre os serviços em que a concentração é mais desejada estão aluguel de moradia, atendimento médico e hospitalar, transporte, educação, segurança doméstica, casa inteligente, e conectividade (internet e banda larga móvel).

O estudo ouviu 7.138 pessoas de 15 a 69 anos em capitais mundo afora (São Paulo, no Brasil, Cidade do México, Jacarta, Berlin, Joanesburgo, Londres, Nova York, Chicago, Xangai, Tokyo, Sydney, Moscou, São Francisco e Toronto) ao longo do mês de outubro. Extrapolando-se, pode-se dizer que representa a opinião de cerca de 27 milhões de pessoas.

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Rafael Bucco

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