Kinéis: Operadora de satélites com foco em IoT recebe aval da Anatel

A Kinéis vai estrear no país o uso de parte da faixa UHF para conectar objetos de baixa capacidade por meio de uma constelação com até 25 satélites

A Anatel publicou hoje, 18, os acórdãos das decisões em que autoriza as empresas Kinéis e Omnispace a explorarem serviços de satélite não-geoestacionários no Brasil. As licenças são de 15 anos e cinco anos, respectivamente.

A Kinéis é uma empresa de origem francesa focada em IoT. Foi criada em 2018 para encontrar formas alternativas de explorar o conhecimento da agência espacial Francesa e o sistema de satélites Argos, criados para coletar dados da Terra e fazer previsão do tempo.

A autorização da Anatel é para uso de uma constelação de 25 satélites, dispostos em cinco planos orbitais. Os equipamentos se comunicam com a Terra nas faixas UHF de 399,9 MHz e 400,15 a 401 MHz. Será o primeiro sistema satelital a explorar esta faixa de frequências no Brasil.

A Kinéis vende serviços de internet das coisas no mundo todo, para conexão de módulos de desenvolvimento próprio de baixo tráfego de dados (baixo mesmo, via de mensagens de 19 bytes) e baixo consumo de energia.

A empresa também diz que desenvolveu tecnologia aberta para upgrade de dispositivos LoRa ou Sigfox, dando a estes a capacidade de se comunicar com seus satélites. Vende aos fabricante desse tipo de módulo a biblioteca de softwares para adaptação e integração com o sistema de revenda IoT.

Ominispace

No caso da Ominispace, trata-se do sistema de satélites não-geoestacionário ICO F2, lançado no começo dos anos 2000, hoje licenciado para uso da administração de Papua Nova-Guiné, com operação na banda S (1,9 GHz a 2,2 GHz) em órbita média (10,36 km de altitude). Lá, teve a licença prorrogada por mais cinco anos, daí a decisão da Anatel de conferir o direito de exploração por aqui por igual período.

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Rafael Bucco

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