Grupo TIM dá preferência a KKR e espera oferta definitiva por NetCo até 30 de setembro

Operadora informou que prosseguirá negociação sobre a venda da unidade de rede fixa na Itália com o fundo norte-americano, descartando proposta do banco estatal CDP
Grupo TIM escolhe KKR e espera oferta definitiva por ativos de rede fixa na Itália
Grupo TIM estabeleceu prazo até 30 de setembro para KKR apresentar oferta vinculante pela NetCo (crédito: Freepik)

O conselho de administração do Grupo TIM (antiga Telecom Italia) informou, nesta quinta-feira, 22, que decidiu prosseguir as negociações de venda de sua unidade de rede fixa no território italiano com o fundo norte-americano KKR. A operadora concedeu prazo até o dia 30 de setembro para que o proponente apresente uma oferta vinculante pelo ativo.

Em comunicado, o conselho destacou que deu preferência à oferta da KKR ao avaliar questões de execução e prazo, além de ser superior à proposta concorrente, apresentada pelo consórcio formado pelo banco estatal CDP e pelo grupo financeiro Macquarie. Valores não foram revelados.

Além disso, o conselho mandou o CEO, Pietro Labriola, iniciar, em caráter de exclusividade, uma negociação melhorada com a KKR. A intenção é que a oferta vinculante seja apresentada “o mais rápido possível, compatível com a complexidade da operação e, de todo modo, até 30 de setembro”, pontuou a mesa diretora, em nota divulgada ao mercado.

A NetCo, como a unidade de rede fixa do Grupo TIM é provisoriamente chamada, inclui a FiberCop, empresa de infraestrutura de fibra óptica, e a Sparkle, braço da operadora que atua na área de cabos submarinos. A eventual venda tem o objetivo de ajudar a reduzir o endividamento da companhia, que passa dos 25,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 135 bilhões).

No comunicado sobre o período de exclusividade concedido ao fundo KKR, o Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, também informou que qualquer transação que implique a alienação da NetCo fica sujeita à obtenção de autorizações legais, incluindo uma permissão do órgão antitruste local e as relativas ao processo de Golden Power, uma espécie de poder de veto do governo italiano sobre investimentos estrangeiros.

Antes de indicar que prosseguiria com a proposta da KKR, a companhia já havia rejeitado ofertas anteriores dos dois proponentes, alegando que os lances de aquisição apresentados eram incompatíveis com o real valor do ativo de telecomunicações.

De acordo com a TIM, os grupos financeiros Goldman Sachs e Mediobanca conduziram as negociações.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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