Câmbio e mudanças na Sky Brasil impactam resultado da AT&T na América Latina

Na região, operadora faturou US$ 743 milhões no primeiro trimestre, o que representa retração de 16,2% em relação ao mesmo período de 2020

A AT&T reportou nesta quinta-feira, 22, os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano. O conglomerado registrou receitas de US$ 43,9 bilhões, alta de 2,7%.

O lucro líquido foi de US$ 7,94 bilhões, alta de 60%. A grande diferença se deve a ganhos com seguros e menor amortização de custos com fusões e aquisições. Considerando o EBITDA (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações), de US$ 8 bilhões, a alta foi de 2,3%.

A WarnerMedia, braço de entretenimento do grupo, cresceu 9,8% em receita. A divisão faturou US$ 8,5 bilhões no período. Com isso, compensou os resultados ruins da América Latina e a perda de assinantes tradicionais de TV paga.

Sky e Directv

Na América Latina, onde opera através da holding Vrio, dona da Sky Brasil, a AT&T apresentou perdas de US$ 35 milhões. O resultado se deveu à desvalorização das moedas da região, especialmente o real. A margem de lucro operacional ficou negativa em 4,7%.

A Vrio teve 383 mil desligamentos de clientes no período, a maioria no Brasil. Encerrou março com base regional de 10,55 milhões de assinantes. O grupo atua com a marca Directv nos países vizinhos.

Segundo a AT&T, os desligamentos se deram devido a pressões econômicas derivadas da pandemia de Covid-19 e da reestruturação dos canais de venda da Sky. A receita da Vrio foi de US$ 743 milhões no primeiro trimestre, 16,2% menor que a registrada um ano antes.

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Rafael Bucco

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