Dados serão parte do valor das empresas em cinco anos, prevê Gartner

Companhias devem acelerar a criação de departamentos dedicados à ciência de dados para ganhar valor de mercado

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O grande volume de dados gerado por empresas ainda não é corretamente valorizado pelos departamentos financeiros, mas se tornará parte contabilizada do patrimônio em não mais que cinco anos, prevê a empresa de pesquisas de mercado Gartner. E mesmo no caso das comapanhias que falhem em contabilizar, analistas vão levar o banco de dados e seu potencial cada vez mais em conta.

“Mesmo estando em plena era da informação, nem sempre isso é valorizado por aqueles que estão no ramo de avaliação”, explica Douglas Laney, vice-presidente e analista emérito do Gartner. “No entanto, acreditamos que, nos próximos anos, quem atua na área de análise de investimentos corporativos, incluindo analistas de capital, será levado a considerar a riqueza de informações de uma empresa ao avaliar adequadamente seus negócios”, diz o executivo.

Em estudo, que será apresentado na Conferência Data & Analytics no próximo mês, a consultoria aponta como empresas que têm um Chief Data Officer (CDO), formam equipes de ciência de dados e engajam-se em governança de informação corporativa apresentam uma relação entre valor de mercado e valor contábil muito acima da média do mercado.

O relatório prevê que, inicialmente, analistas de capital e investidores institucionais considerarão apenas os dados técnicos e capacidade de Analytics de uma empresa, além de como o modelo de negócios fornece uma plataforma para captar e otimizar informações – e não o valor real dos ativos de informações.

Os conselhos administrativos e os CEOs não devem demorar em contratar ou nomear os CDOs para começarem a otimizar a coleta, a geração, a gestão e a monetização de ativos de informação antes que uma massa crítica de analistas de capital comece a fazer perguntas relacionadas a eles.

Segundo o Gartner, até 2019, 250 mil pedidos de patentes incluindo algoritmos serão solicitados, um aumento de dez vezes comparado há cinco anos. Essas patentes podem ser concedidas nos EUA, na União Europeia e em muitos outros países. Nem todos os algoritmos podem ser patenteados, porém muitos podem, mesmo que as regras de aplicação nem sempre sejam diretas.

De acordo com uma pesquisa mundial, cerca de 17 mil patentes solicitadas em 2015 mencionaram “algoritmo” no título ou na descrição, contra 570 no ano 2000. Considerando as solicitações que citam “algoritmo” em alguma parte do documento, mais de 100 mil pedidos foram realizados em 2016, contra 28 mil há cinco anos.

Nesse ritmo, e considerando o crescente interesse em proteger o IP algorítmico, até 2020, pode haver quase meio milhão de pedidos de patentes que mencionam “algoritmo” e mais de 25 mil solicitações para os próprios algoritmos.
Das 40 organizações que patentearam mais algoritmos nos últimos cinco anos, 33 são empresas e universidades chinesas. A única companhia ocidental entre as 10 no topo da lista é a IBM, em 10º lugar. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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