Lucro da TIM cai 58,4% no 2º tri, impactado pela compra de ativos da Oi Móvel
A TIM divulgou hoje, 1º de agosto, o resultado do segundo trimestre de 2022, no qual apresentou queda de 58,4% no lucro líquido, para R$ 280 milhões. A queda se deveu à piora do resultado financeiro da companhia, negativo em R$ 439 milhões.
Segundo a TIM, o resultado financeiro sofreu com aumento de custo do endividamento tomado para financiar a compra de fatia da Oi Móvel. Também pesaram os juros de contratos de aluguel de torres que são parte dos ativos adquiridos da Oi.
Outro fator considerado relevante pela companhia para a piora do resultado financeiro diz respeito à parceria com o C6 Bank. Pelo acordo, a TIM obtém direito de subscrição de ações da fintech conforme atraia usuários. No período, no entanto, atraiu 3,5 vezes menos clientes do que na mesma época de 2021. Com isso, ampliou a participação a que tem direito no C6 4,8%.
Crescimento
Apesar da redução no lucro, a TIM comemora no relatório publicado hoje os números alcançados. A companhia registrou aumento de 21,8% nas receitas, para R$ 5,36 bilhões.
O salto se deveu tanto pelo crescimento orgânico, quanto pela entrada dos clientes que vieram da Oi Móvel na contabilidade. Sem considerar a carteira de assinantes adquirida, o crescimento das receitas foi de 12,6%.
A TIM apresentou alta de 23% na receita móvel, que somou R$ 4,89 bilhões, com a Receita do Pós-pago avançando 12,2% ano a ano e a receita do pré-pago com aumento de 6,9% a.a. O serviço fixo da operadora cresceu 7,1% em receitas, para R$ 303 milhões.
O EBITDA, lucro antes de impostos, depreciações, amortizações e juros, aumentou 16,7% e atingiu R$ 2,43 bilhões.
O Capex da companhia aumentou 15,9%, para R$ 1,05 bilhão. “Um crescimento esperado comparado ao ano anterior em função da implantação do 5G e com a integração dos ativos móveis da Oi”, diz a TIM no relatório.
A dívida líquida do grupo aumentou de R$ 5,88 bilhões em março para R$ 15,88 bilhões no fim de junho. Pesaram os financiamentos tomados para pagar a compra dos ativos móveis da Oi, as licenças 5G arrematadas junto à Anatel e despesa com os contratos de gestão de clientes da Oi.
Usuários
Em termos operacionais, a TIM reportou crescimento de um terço de sua base com a compra de parte da Oi Móvel. Dessa forma, chegou a 68,69 milhões de assinantes móveis. No pós-pago, tem agora 29,79 milhões de usuários. No pré-pago, 38,9 milhões. A banda larga fixa da companhia cresceu 4,9% e agora tem 699 mil contratos ativos.
A receita média por usuário no pré-pago foi de R$ 12,6, queda de 0,4% em razão da entrada dos clientes da Oi, com consumo menor. O mesmo fenômeno se deu no pós-pago, em que a ARPU ficou em R$ 36,9, 2,4% menor do que antes da chegada dos novos usuários.