Youtube também suspende conta de Donald Trump
O Youtube aumentou a lista de empresas de mídia digital que restringiram o alcance dos conteúdos publicados pelo ainda presidente dos Estados Unidos, Donald Trump em seu canal, que tem 2,8 milhões de seguidores. Na noite de ontem, a plataforma de vídeo suspendeu o canal sob alegação de violação das políticas de uso.
Em um post publicado no Twitter, o Youtube alega preocupação com uma potencial onda de violência nos EUA, após a tentativa de invasão do Capitólio, o Congresso do país, na última semana, e resultou em cinco pessoas mortas e na prisão de outras dezenas. A turba que invadiu o prédio atravessou Washington, após sair de um encontro em que Trump discursou e acusou as eleições de serem fraudulentas.
O Youtube afirma que este foi o primeiro aviso de violação, e que a conta de Trump voltará ao ar em sete dias “no mínimo”. Já os comentários nos vídeos ficarão desabilitados por prazo indefinido. A plataforma diz que fez isso por razões de segurança. A prática, ressaltou, já é comum em outros canais a fim de preservar menores de idade de abusos verbais, por exemplo. Veja abaixo o post, em inglês.
1/ After review, and in light of concerns about the ongoing potential for violence, we removed new content uploaded to Donald J. Trump’s channel for violating our policies. It now has its 1st strike & is temporarily prevented from uploading new content for a *minimum* of 7 days.
— YouTubeInsider (@YouTubeInsider) January 13, 2021
Lista crescente
Com a suspensão realizada pelo Youtube, a quantidade de redes e empresas digitais agindo para reduzir o alcance do discurso de Trump e seus seguidores só cresce. Desde a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, Twitter, Facebook, Amazon.
O Facebook suspendeu a conta de Trump no Instagram e no Facebook até o final do mandato do presidente, que termina em 20 de janeiro. O Twitter baniu o político permanentemente (ele tinha 88 milhões de seguidores), assim como mais de 70 mil contas de apoiadores que fizeram parte da invasão ou incitaram a violência.
A plataforma de vídeo Twitch, pertencente à Amazon, fez o mesmo. Em seguida, o aplicativo Snapchat e o site Reddit, muito utilizado nos EUA.
As empresas digitais também estão restringindo o acesso de apoiadores às ferramentas que usavam para se comunicar uns com os outros. A Apple e o Google retiraram de suas lojas no fim de semana o app Parler, ferramenta similar ao Twitter, mas que se tornou fórum de debates da extrema-direita norte-americana. A Amazon expulsou de seus servidores na segunda-feira o serviço, que saiu do ar.