WND busca novos parceiros para estimular aplicações em rede de IoT
A WND não deverá ter problemas de cumprir sua meta de encerrar 2018 com uma rede sem fio para aplicações de IoT cobrindo 95% da população brasileira. Ela já trabalha com a projeção de que um ano antes, em dezembro de 2017, sua infraestrutura estará cobrindo mais de 100 milhões de pessoas, ou quase 50 % da população. Enquanto expande fisicamente sua rede, a operadora também quer avançar no número de parceiros para estimular o desenvolvimento de novas aplicações de Internet das Coisas.
Trabalhando com o padrão da francesa Sigfox, a operadora tinha inicialmente, no seu roadmap, a presença em 12 grandes centros urbanos e, agora, incluiu mais seis cidades além de rodovias. Ela atua na faixa não licenciada de 902 MHz e recebeu investimentos de US$ 50 milhões.
Segundo Francisco Cavalcanti, CEO da WND, ele já conta com 20 contratos pré-comerciais nas áreas que elegeu como prioritárias, como agronegócios, logística, cidades inteligentes, segurança e saúde. Com a proposta de ser uma rede de baixo custo, a companhia está oferecendo o chip a US$ 2,60 preço FOB, mas com perspectiva de se tornar ainda mais competitiva. “Nossa proposta é que chegue a US$ 1”, afirmou o executivo.
A melhor surpresa para a operadora foi o interesse do mercado de agronegócios na utilização da rede de IoT, principalmente em áreas sem cobertura celular. A informação é capturada pelas antenas da WND e segue para uma cloud privada Sigfox, onde será acessada pelo cliente. “Esse mercado nos surpreendeu positivamente”, comentou Eduardo Koki Iha, diretor de negócios.
Em agronegócios, a WND tem, como parceiros comerciai,s a Agrus Data e a Solinftec e está iniciando conversas com a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso) para buscar formas de incentivar a agricultura de precisão. Em logística, seus parceiros são a Reciclapac, a Santec e a Loka. A Santec, por sinal, desenvolveu para o mercado brasileiro um rastreador com tecnologia Sigfox, que já está sendo vendido no México e Colômbia.
Esse tipo de oportunidade para desenvolvedores e parceiros — colocar seus produtos na rede mundial Sigfox — é uma das armas da WND para atrair mais parcerias comerciais e, também, ampliar o portfólio de aplicações que estará disponível para essa infraestrutura. “Para mantermos nossa proposta de sermos uma rede de baixo custo, precisamos de volume de negócios. Para isso, temos de ter mais parceiros”, salientou Cavalcanti.
A WND também fechou acordo com o CPqD para integração da plataforma aberta dojot ao backend da Sigfox. A operadora vai fornecer cobertura ao Parque Tecnológico do centro de pesquisas, onde as soluções serão validadas em ambiente real de experimentação.